No relatório da última edição do Programme for International Student Assessmentmentos, de 2022, Portugal surge como o país com a maior participação de alunos (65%) que desafiam a noção de que existe apenas uma posição correta em caso de desacordo.

Entre os 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) analisados no estudo, Portugal também é o país que apresentou a menor discrepância (29%) nos alunos que consideram a perspetiva de todos e que acreditam que existe apenas uma posição correta em caso de desacordo.

Por outro lado, na Chéquia, Finlândia, Islândia, Jordânia, Kosovo, Países Baixos, Palestina e Polónia, menos de 50% dos estudantes relataram considerar a perspetiva de todos antes de tomarem uma decisão.

Já na Indonésia e na Tailândia, menos de 20% dos estudantes discordam da ideia de que só existe uma posição correta em caso de desacordo.

O PISA 2022 examina formas adicionais de interação parental, como o envolvimento em discussões sobre assuntos políticos ou questões sociais e nutrir uma conexão social entre filhos e pais.

O documento conclui que os alunos cujos pais conversam com eles sobre questões políticas ou sociais estão mais desenvolvidos no pensamento crítico do que alunos cujos pais fazem menos isso, relatando que isto foi observado na maioria dos países e economias com dados disponíveis, particularmente na Bélgica, Brasil, Irlanda e Portugal.

O PISA 2022 mostra ainda níveis mais elevados de proatividade nos comportamentos de estudo de matemática quando os alunos se sentem mais conectados aos pais, sentindo por exemplo que os encorajam a tomar as suas próprias decisões ou que se importam.

Nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, mais de 80% dos estudantes que relataram que se sentem assim em relação aos pais prestam mais atenção quando o professor de matemática está a falar do que cerca de 60% dos seus pares menos apoiados.

Na Nova Zelândia, cerca de 80% dos estudantes cujos pais os ajudam tanto quanto eles precisam, relataram que se esforçam com mais frequência, o que significa 20 pontos percentuais mais do que os alunos cujos pais os ajudam menos.

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Lusa/fim