A ginasta romena Ana Barbosu recebeu, esta sexta-feira, a medalha de bronze de solo conquistada nos Jogos Olímpicos Paris2024, inicialmente atribuída à norte-americana Jordan Chiles, que a perdeu por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

Barbosu recebeu a medalha, em Bucareste, depois de esta ter sido colocada no peito de Chiles em 05 de agosto, quando a norte-americana subiu ao pódio em Paris, abaixo da compatriota Simone Biles, prata, e da brasileira Rebeca Andrade, campeã olímpica.

Durante a disputa das finais por aparelhos, Barbosu tinha conseguido a terceira melhor nota na final do solo (13,700 pontos) e, portanto, a medalha de bronze, atrás da brasileira Rebeca Andrade (14,166) e da norte-americana Simone Biles (14,133).

Quando a romena já festejava, a norte-americana Jordan Chiles apresentou um protesto sobre a sua nota original de 13,666, que a tinha deixado no quinto posto. Os juízes aceitaram esta reclamação e deram-lhe 13,766, promovendo-a até à medalha de bronze.

A Roménia recorreu ao TAS, que considerou que o protesto colocado pelos norte-americanos chegou quatro segundos depois do prazo regulamentar, reatribuindo o bronze a Barbosu, decisão que o Comité Olímpico Internacional (COI) acatou.

Barbosu mostrou-se "muito feliz e agradecida", mostrando-se, ainda assim, triste com o imbróglio judicial.

"Nós, as ginastas, não fizemos nada de mal", desabafou.

Jordan Chiles já reagiu à polémica

A jovem de 18 anos fica, assim, no centro de uma polémica, um dia depois de Jordan Chiles ter considerado "injusta" a decisão do tribunal, denunciando ainda abusos racistas e de outras índoles de que tem sido alvo na Internet. O desabafo da atleta norte-americana foi feito através de uma publicação nas suas redes sociais.

A federação norte-americana de ginástica, entretanto, prometeu já "explorar todos os caminhos e processos de apelo possíveis" para recuperar o bronze.

Com Lusa