No princípio do fim da Guerra Fria, em 1987, Estados Unidos e Rússia sentavam-se à mesa para assinar um pacto de controlo de armamento, que pressupunha a eliminação das armas nucleares.
Quase quatro décadas depois, a diplomacia não venceu. Por mais pactos e tratados que existam para diminuir ou até eliminar o armamento nuclear, hoje em dia estão contabilizadas quase 13 mil armas nucleares detidas por nove países.
Estados Unidos e Rússia controlam quase 90% de todas as ogivas nucleares - juntos somam mais de 11.300 ogivas, com uma ligeira vantagem para os EUA.
E sabe-se que os Estados Unidos têm também 100 armas nucleares armazenadas na Europa. Só não se sabe bem onde. Mas é provável que estejam espalhadas pela Bélgica, Alemanha, Países Baixos e Turquia.
A terceira potência nuclear é a China. Tem 500 ogivas.
França e Reino Unido são os países que se seguem. Paris controla 290 armas nucleares, Londres 225. Ao todo são 515 unidades, das quais 400 estão já posicionadas e em prontidão.
Na lista do armamento nuclear surgem depois duas potências vizinhas e rivais: a Índia, com 172 ogivas, e o Paquistão, com 170.
Israel e Coreia do Norte fecham a lista de países que podem lançar ataques nucleares. O Governo de Jerusalém tem 90 e o regime totalitário de Pyongyang possui 50.
Putin autoriza uso alargado de armas nucleares
Esta terça-feira, Vladimir Putin assinou um decreto que amplia a doutrina nuclear da Rússia, permitindo um uso mais alargado de armas nucleares.
A nova política nuclear pressupõe a utilização de armas nucleares caso seja alvo de um ataque com mísseis convencionais, drones ou outro tipo de armento de longo alcance apoiado por uma potência nuclear.
A assinatura do decreto ocorre quando se assinalam mil dias da ofensiva contra a Ucrânia e surge depois de Joe Biden ter autorizado a Ucrânia a utilizar as armas norte-americanas de longo alcance. O Presidente dos Estados Unidos autorizou, no domingo, a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance norte-americanos contra a Rússia.