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Um ataque com mísseis russos a um hospital pediátrico da capital ucraniana matou esta segunda-feira pelo menos 10 pessoas e feriu outras 35, disseram as autoridades locais.

A administração militar de Kiev confirmou, à agência de notícias EFE, o ataque, após ter divulgado um alerta para um ataque "massivo" contra "toda a Ucrânia" na rede social Telegram.

"Vizinhos de Kiev! Ataque de mísseis! As defesas aéreas foram ativadas na região. Mantenha o silêncio informativo. Pedimos para não gravarem ou publicarem o trabalho dos nossos defensores nas redes. Fiquem nos abrigos até ao final do alerta aéreo", referiu a publicação do Telegram da Administração Militar de Kiev.

O autarca da capital, Vitali Klitschko, já anunciou o envio de equipas de socorro para tratar possíveis vítimas no distrito de Solomianski, na zona oeste da capital ucraniana.

Número exato de vítimas é ainda desconhecido

Segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, várias pessoas continuam presas nos escombros.

"Um dos maiores hospitais infantis da Europa" foi atingido, "há pessoas debaixo dos escombros e o número exato de vítimas é atualmente desconhecido", afirmou Zelensky na rede social X, publicando um vídeo do edifício muito danificado.

"A Rússia não pode alegar que não sabe onde caem os seus mísseis e deve ser responsabilizada totalmente por todos os seus crimes", acrescentou Zelensky.

De acordo com Zelenskiy, só esta segunda-feira a Rússia já disparou “mais de 40 mísseis” contra cidades ucranianas, atingindo vários edifícios residenciais e infraestruturas e provocando dezenas de mortos e feridos em todo o país.

Além de Kiev, "Dnipro, Kryvyi Rih, Sloviansk, Kramatorsk" foram afetadas, afirmou Zelensky acrescentado que “todos os serviços estão mobilizados para salvar o maior número de pessoas possível”.

Os ataques russos sobre a cidade de Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia, provocaram pelo menos 10 mortos e 31 feridos, informou o chefe da administração militar desta cidade.

"De acordo com dados preliminares, 10 pessoas morreram, 31 feridos já estão no hospital, 10 desses estão gravemente feridos", escreveu Oleksandr Vilkoul no Telegram, alegando que um "ataque massivo de mísseis" atingiu em particular uma área industrial em Kryvyi Rih, a cidade do Presidente Zelensky.

Na região de Kharkiv (nordeste), alvo de uma ofensiva russa desde 10 de maio, cinco civis foram mortos quando o seu carro passou por uma mina colocada numa estrada florestal, declarou o líder do distrito militar de Kharkiv, Oleg Synegubov.

A explosão ocorreu "perto do cemitério número 17, numa estrada florestal não pavimentada em direção à aldeia de Tsyrkouny", a norte de Kharkiv, declarou Synegubov no Telegram, especificando que as vítimas eram um homem de 53 anos, duas mulheres de 64 e 25 anos, um rapaz de 5 anos e um bebé de três meses.

"Atenção, a aviação de longo alcance da Federação Russa começou novamente a disparar mísseis contra a Ucrânia", publicou o exército polaco na rede social X. A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia, é um dos países apoiadores de Kiev.

Na cidade de Pokrovsk, na província de Donetsk, foram também relatadas três mortes, segundo o seu governador, Vadim Filashkin, que lamentou que a cidade tenha se tornado um dos alvos hoje dos ataques massivos dos russos por todo a Ucrânia.

Zelensky esperado na Polónia

Volodymyr Zelensky é esperado esta segunda-feira na Polónia, antes de ir para a cimeira da NATO em Washington, anunciou o gabinete do primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

A NATO reúne-se numa cimeira entre terça-feira e quinta-feira em Washington, mais de dois anos depois da invasão russa da Ucrânia.

A Polónia e a Ucrânia poderão assinar esta segunda-feira um tratado bilateral sobre cooperação em defesa em Varsóvia.

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia e a Rússia, está entre os mais fortes apoiadores de Kiev. Os polacos também acolheram massivamente os ucranianos que fugiam da agressão russa contra o seu país.

Notícia atualizada às 12:17

Com Lusa