Duas ativistas da Climáximo atiraram tinta vermelha e bloquearam nesta sexta-feira a entrada da sede da Navigator, em Lisboa, acusando a empresa de fabrico de papel de responsabilidades nos incêndios e mortes esta semana no país. “Fogo posto por governo e empresas” e “O país arde. Temos de acordar” eram as mensagens que se liam nos cartazes, em dia de luto nacional pelas vítimas.

“As sete mortes desta semana não podem ser consideradas mero fruto da negligência. São o resultado direto de uma ofensiva coordenada entre o Estado, a indústria da celulose, e a indústria fóssil para transformar o interior do nosso país numa câmara de incineração”, acusa em comunicado a porta-voz Alice Gato, estudante de 22 anos que esteve no protesto.

O coletivo acredita que “os atuais planos dos governos e das empresas como a Navigator de aumentar as emissões de gases de efeito de estufa e de continuar a vender o interior” do país “à indústria do papel” representam um “crime violento”. O Expresso já pediu uma reação à empresa, mas ainda não obteve resposta.