"Temos um total de 250 mil eleitores para as próximas eleições, dados preliminares", referiu Salif Silva, diretor-geral de Apoio ao Processo Eleitoral, um número que inclui 23 mil novos votantes, recenseados desde as últimas eleições, as Presidenciais de 2021.
Destes, 14 mil novos eleitores inscreveram-se no último ciclo de recenseamento, desde junho de 2023.
Os dados são preliminares porque o recenseamento continua a decorrer, até dia 26 de setembro, inclusive, sendo depois suspenso até 01 de dezembro, de acordo com o calendário hoje divulgado.
As candidaturas deverão ser apresentadas nos tribunais de comarca entre 12 e 22 de outubro e presidentes de câmara que voltem a concorrer ao cargo devem suspender as respetivas funções "logo que apresentem as candidaturas nos tribunais", referiu Maria do Rosário Pereira, presidente da CNE.
O órgão prevê capacitar 7.000 intervenientes no processo eleitoral em todo o arquipélago, com formadores nacionais e alguns oriundos de Portugal.
O calendário é detalhado: por exemplo, entre outros prazos, as inaugurações e cerimónias de lançamento de primeiras pedras de empreendimentos estão interditas a partir de 02 de outubro, recordou a presidente da CNE, ao abrigo do princípio de "neutralidade e imparcialidade das entidades públicas".
A campanha eleitoral vai decorrer de 14 de novembro até à meia-noite da sexta-feira que antecede a votação, marcada para domingo, 01 de dezembro, com urnas abertas das 08:00 às 18:00 (09:00 às 19:00 em Lisboa) em todo o arquipélago.
As oitavas e últimas eleições municipais em Cabo Verde foram realizadas a 20 de outubro de 2020, em plena pandemia da covid-19, para escolher os autarcas dos 22 concelhos do arquipélago.
O Movimento para a Democracia (MpD, no poder) ganhou 14 câmaras, enquanto o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (oposição) conquistou oito.
LFO // ANP
Lusa/Fim