Com avisos de chuva intensa previstos para os próximos dias, a autarquia de Gondomar já está a tomar medidas preventivas para evitar o aluimento de terras depois de o município ter sido afetado por incêndios na passada semana.

A Proteção Civil encontra-se neste momento a sinalizar os locais onde o risco de derrocadas é maior.

Em declarações à SIC, o coordenador da Proteção Civil de Gondomar, Paulo Guedes, afirma que as freguesias que mais preocupam as autoridades são Branzelo, São Pedro da Cova e Jovim.

Os fogos que afetaram o munípio do distrito do Porto tornaram os solos impermeáveis, o que permite que a água da chuva se desloque livremente arrastando terra e pedras.

Paulo Guedes informa que as freguesias estão a trabalhar em conjunto com a Proteção Civil "para que qualquer situação que ocorra seja solucionada rapidamente".

Nas zonas urbanas, levantam-se questões quanto ao risco de inundações durante os períodos de precipitação intensa que se avizinham.

"As juntas de freguesia, também através das suas unidades locais, encontram-se a tirar ou a limpar tudo o que são escoamentos de água", acrescenta.

As cinzas que agora cobrem os solos queimados irão, inevitavelmente, contaminar captações de água em Gondomar.

O coordenador da Proteção Civil diz mesmo que "é muito difícil evitar a contaminação porque todas estas cinzas, juntamente com a água, correm para essas linhas de água".

Autarquia faz trabalho de prevenção

Marco Martins, autarca de Gondomar, confirma que o que levanta mais preocupação, neste momento, é o risco de derrocadas nos taludes afetados pelas chamas.

Nesses locais de maior risco, informa, estão a ser colocadas "peças em betão" e algumas barreiras pré-fabricadas de forma a estabilizar as terras, que, com a chuva, podem deslizar pelas encostas.

"Neste momento só conseguimos garantir que aquelas pequenas possibilidades de deslizamento estão a ser acauteladas", assegura o presidente da Câmara.

O estado do tempo, na região Norte, deverá agravar-se a partir de quarta-feira, pelo que a Proteção Civil alerta para a possibilidade de inundações e deslizamentos de terra, sobretudo nas zonas mais afetadas pelos incêndios da semana passada.