O capitão doiate de luxo de propriedade da família do magnata britânico Mike Lynch, queafundou na Sicília na semana passada, recusa-se a responder às perguntas dos investigadores durante o interrogatório desta terça-feira.
James Cutfield, um cidadão neozelandês de 51 anos, começou a ser investigado na segunda-feira pela justiça italiana.
"O capitão exerceu o seu direito de permanecer em silêncio por duas razões fundamentais", afirmou o advogado Giovanni Rizzuti aos jornalistas.
"Primeiro, está muito desgastado. Segundo, fomos notificados apenas na segunda-feira e para uma defesa completa e correta precisamos adquirir um conjunto de dados que neste momento não temos", acrescentou.
O magnata britânico Mike Lynch e outras seis pessoas morreram quando o Bayesian, um iate de 56 metros de comprimento afundou no dia 19 de agosto, poucos minutos depois de ser atingido por uma tempestade antes do amanhecer, no norte da Sicília, em Itália.
Ao ser colocado sob investigação, não implica culpa e não significa necessariamente que se ocorram acusações formais. Ainda não está claro se mais pessoas que iam a bordo de embarcação também serão colocadas sob investigação.
Os promotores revelaram que a investigação levaria algum tempo e exigiria que os destroços fossem retirados do mar. Atualmente, o Bayesian está voltado para o lado direito, a uma profundidade de cerca de 50 metros.
A guarda costeira informou esta terça-feira que está a realizar atividades para avaliar as condições ambientais na área onde o iate afundou.
“Neste momento não registámos quaisquer fugas nos depósitos e não há vestígios de poluição por combustível”, detalhou aquela autoridade.