Uma caravana com diplomatas, onde seguia um embaixador português, foi alvo de um ataque no Paquistão. Os diplomatas não ficaram feridos, mas morreu um polícia e vários ficaram feridos na explosão de mina.

A caravana, que incluía o embaixador russo e diplomatas portugueses, iranianos, turcomanos, tadjiques, cazaques, bósnios, zimbabueanos, ruandeses e vietnamitas, encontrava-se em Malam Jabba, no vale do Swat, em Khyber Pakhtunkhwa, na fronteira com o Afeganistão, quando foi atingido pela explosão.

"Um polícia morreu devido aos ferimentos e três outros ficaram feridos durante este incidente", disse o chefe da polícia do Swat, Zahidullah Khan, assegurando que os diplomatas viajavam numa viatura que não foi atingida.

Embaixador português estava no local

Na caravana de diplomatas viajava o embaixador português Frederico Silva. O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou à SIC que o responsável está bem, assim como os outros colegas no local.

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Os diplomatas participavam numa viagem organizada por Islamabade e pela Câmara de Comércio do Swat para promover o comércio local, conhecido pelo seu artesanato e pedras preciosas.

O embaixador português Frederico Silva participou no Swat Tourism Summit. O acidente aconteceu no percurso para o hotel, quando um veículo policial da escolta foi atingido.

Nenhum diplomata ficou ferido.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão garantiu que os diplomatas regressaram em segurança a Islamabade e disse estar "determinado a combater o terrorismo".

MEHBOOB UL HAQ

A embaixada russa em Islamabade confirmou na rede social Telegram que o seu embaixador estava na caravana, quando um veículo que escoltava a comitiva passou por cima de uma mina.

Ataque não reivindicado

O ataque não foi reivindicado até ao momento, mas a região é um bastião dos talibãs paquistaneses (TTP), treinados para o combate no Afeganistão e que defendem a mesma ideologia dos talibãs afegãos.

De 2007 a 2009, este movimento foi responsável por matar milhares de civis, tendo assumido o controlo de várias áreas antes de serem sido rechaçados pelo Exército.

Hoje mantêm células adormecidas e Islamabade acusa os talibãs no poder em Cabul de não eliminarem os militantes que se refugiaram no seu solo afegão para preparar ataques contra o Paquistão.

O Governo talibã nega estas acusações, mas as relações entre Islamabade e Cabul deterioraram-se devido a esta questão.