O Ministério da Defesa chinês considerou, esta quinta-feira, "legítimo" o lançamento de um míssil balístico intercontinental equipado com uma ogiva fictícia no Pacífico, apesar dos protestos de vários países da região, incluindo o Japão.

"O lançamento de um míssil balístico intercontinental tem por objetivo testar o desempenho das nossas armas (...) é um exercício legítimo e habitual", declarou Zhang Xiaogang, porta-voz do ministério.

Na quarta-feira, a China anunciou o lançamento no Oceano Pacífico de "um míssil balístico intercontinental com uma ogiva de treino fictícia", o primeiro teste deste género em várias décadas.

O lançamento suscitou protestos de outros países da região, incluindo Japão, Austrália e Nova Zelândia, preocupados com o crescente potencial militar da China.

"A política nuclear da China é estável, coerente e previsível. Prosseguimos uma estratégia nuclear de autodefesa", afirmou o porta-voz do ministério.

Pequim "não procura uma corrida ao armamento neste domínio. Prometemos não usar ou ameaçar usar armas nucleares contra Estados sem armas nucleares ou zonas livres de armas", acrescentou.

"A China continuará a manter as suas capacidades nucleares ao nível mínimo necessário para a segurança nacional", disse.

Citado pela agência France-Presse, o Presidente da Polinésia Francesa, Moetai Brotherson, disse que o míssil caiu "não muito longe" da sua ZEE (zona económica exclusiva, do lado das Marquesas", um dos cinco arquipélagos deste território do Pacífico.