Ativistas do grupo Climáximo pintaram esta sexta-feira uma fachada do Castelo de São Jorge de vermelho e penduraram uma faixa onde se lia “Parar enquanto podemos”.

O movimento ambientalista acusa “governos e empresas incendiários” de condenarem pessoas “à morte e à miséria” ao continuarem a atrás dos lucros de combustíveis fósseis, referindo-se aos trágicos incêndios que há cerca de duas semanas devastaram o Norte e Centro do país.

"Os governos e empresas incendiários que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso, mas que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis, condenando pessoas aqui e em todo o lado à morte e à miséria. Nada disto é normal, tal como nada disto é inevitável. Temos de pará-los", afirma a ativista Sara Gaspar, citada num comunicado do Climáximo enviado às redações.

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Na mesma nota, o grupo questiona: “Os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar. Mas de que servem monumentos históricos, se permitirmos que a humanidade passe à história?”.

O Climáximo anuncia ainda um protesto para 23 de novembro, altura em que estarão a ser fechadas as discussões na Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP29) assim como do Orçamento de Estado.

Caso já está entregue à polícia

A entidade que faz a gestão dos monumentos de Lisboa - a EGEAC - lamenta e repudia o episódio e informa que o caso já está entregue às autoridades “para desenvolvimento do procedimento criminal contra os autores”.