O presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, propõe que, de forma a minorar os efeitos das supressões das carreiras, os barcos que partem do terminal do Barreiro façam uma paragem no Seixal antes de partirem para Lisboa.

Paulo Silva reconhece que o Estado fez "um grande investimento" na aquisição dos barcos que conectam as duas margens do rio Tejo, mas deixa críticas:

"Parece-me que não foi tudo devidamente estudado, nomeadamente a questão dos carregamentos. Devia ter sido tudo melhor articulado."

O presidente da Câmara defende também que, quando há supressões, os barcos que partem do Barreiro deveriam passar pelo Seixal "para minorar o problema da população".

"Custa muito e é uma das queixas que nos chegam por parte da população. [As pessoas] Veem os barcos a partir sempre a tempo e horas do Barreiro e aqui [no Seixal] há constantes supressões."

O autarca explica que os constrangimentos dos últimos meses estão relacionados com falhas no carregamento das embarcações elétricas.

Solução prevista para dezembro

A presidente da Transtejo Soflusa, empresa responsável pela travessia no Tejo, Alexandra Ferreira de Carvalho, revela à SIC que os contrangimentos são consequência da falta de investimento "na frota atual, mas também em infraestruturas".

Sobre a possibilidade de a carreira do Barreiro passar pelo Seixal, garante que a empresa "está aberta a todas as soluções":

"Essa solução passa também pela revisão do contrato de serviço público. No entanto, à partida, nas horas de ponta, essa solução não é viável porque a viagem do Barreiro demora entre 25 e30 minutos - os navios vão, normalmente, muito cheios - e, se os navios vão passar no Seixal, vamos prejudicar os passageiros do Barreiro."

Explica ainda que os navios "têm baterias e estão a funcionar", mas detalha que, de forma mais frequente no mês passado, muitas vezes, "não conseguem carregar nas estações de carregamento rápido".

Alexandra Ferreira de Carvalho garante que a Transtejo Soflusa está a trabalhar no sentido de resolver a situação e prevê que a solução seja apresentada em dezembro.