Donald Trump acusou o Partido Democrata de “um golpe de estado” contra o Presidente Joe Biden, que desistiu da corrida eleitoral. O candidato republicano participou por telefone no programa da manhã da Fox News, onde descreveu como “terrível” o discurso de Biden na noite de quarta-feira, em que abordou a decisão de se retirar da disputa presidencial agendada para 5 de novembro. “Acho que foi um golpe de estado. Não queriam que ele se candidatasse. Estava muito em baixo nas sondagens e pensaram que ia perder”, comentou Trump.

A vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, criticou a “agenda retrógrada” do adversário republicano e dos seus “aliados extremistas”. “Donald Trump e os seus aliados extremistas querem devolver a nossa nação a políticas económicas falhadas”, criticou a política democrata, discursando perante 3500 membros da Federação Americana de Professores em Houston, no Texas.

Além disso, “têm a coragem de dizer aos professores para colocarem armas na sala de aula quando se recusam a aprovar leis de bom senso sobre a segurança das armas”, acrescentou. Harris mencionou também a proibição de livros em vários estados, refletindo confrontos sobre questões sociais relacionadas com género, sexualidade e racismo: “Queremos proibir armas de assalto, e eles querem proibir livros”, argumentou.

Mais notícias do dia:

⇒ O antigo Presidente norte-americano, Barack Obama, tem conversado regularmente com Harris desde o início da campanha da democrata, a quem já mostrou o seu apoio e vai manifestá-lo publicamente em breve, segundo relataram quatro fontes à NBC News. Uma das fontes diz que Obama considera que Harris “começou bem”.

⇒ A Fox News enviou convites às campanhas de Harris e Trump para a realização de um debate no dia 17 de setembro. A estação programa provisoriamente o debate para ocorrer apenas uma semana após um outro debate proposto para 10 de setembro pela ABC News, no qual tanto Biden como Trump se comprometeram a participar, antes de o democrata ter desistido da corrida.

⇒ Os republicanos do Congresso estão a agir rapidamente para destacar o papel da vice-presidente no controlo da imigração. A maioria republicana na Câmara de Representantes aprovou uma resolução, que é puramente simbólica, em que condenam a sua ação, repetindo uma linha de ataque que Trump adotou contra Harris desde que esta se tornou a provável candidata presidencial democrata.

⇒ Uma nova sondagem do “The New York Times”/Siena College mostra Trump com 48% e Harris logo atrás, com 47%, entre os prováveis eleitores. Já entre os eleitores registados, o candidato republicano surge com 48%, contra 46% da democrata. Trata-se de uma melhoria significativa para os democratas face à sondagem divulgada no início de julho, que apresentava Biden a uma distância de seis pontos percentuais.

⇒ Um painel de peritos em criminalidade reunido pelo Armed Conflict Location and Event Data Project (ACLED) – uma organização não-governamental especializada na recolha e análise de dados de conflitos, com sede em Washington – indicou que a atividade violenta de organizações de extrema-direita diminuiu nos Estados Unidos, mas admite que os incidentes possam aumentar nas semanas anteriores às eleições.

⇒ Pouco depois de um homem armado ter aberto fogo durante um comício em Butler, na Pensilvânia, Trump disse que o projétil que o atingiu na orelha era uma bala. No entanto, num depoimento perante o comité judicial da Câmara dos Representantes, o diretor do FBI, Christopher Wray, considerou não ser claro se esse era de facto o caso, ou se Trump tinha sido atingido por estilhaços.

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