Apollo Carreon Quiboloy, pastor filipino e fundador da igreja do Reino de Jesus Cristo, que se autoproclamou “filho de deus”, foi detido após 16 dias de caça ao homem. O líder religioso era procurado pelo FBI e pelas autoridades locais por abuso sexual de menores e tráfico humano.
A detenção, ordenada pelo senado das Filipinas devido à recusa de Apollo Quiboloy em apresentar-se em tribunal, coloca um ponto final no confronto entre a polícia e os apoiantes do líder espiritual, que diz ter sete milhões de seguidores em todo o mundo.
Segundo a Philippine News Agency, o pastor e cinco ajudantes renderam-se após terem sido “encurralados” pelas autoridades dentro do complexo de 30 hectares da sua igreja, em Davau.
A operação mobilizou cerca de 2.400 operacionais e foi necessário escavar um túnel dentro do complexo para o conseguirem deter.
Condenado há três anos
Apollo Quiboloy, que tem pelo menos 74 anos, foi condenado em 2021 pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por tráfico de mulheres e jovens entre 12 a 15 anos.
Segundo o FBI, o homem coagia as mulheres a terem relações sexuais com ele sob ameaças de “condenação eterna”. O pastor também é acusado de contrabando de grandes quantias de dinheiro.
Na sequências destas acusações, Quiboloy afirmou que ex-membros da sua igreja estariam a receber para o incriminar e que o Covid-19 era um “castigo por magoarem, perseguirem e prejudicarem o filho de deus”.
Volvidos três anos, o pastor e cinco ajudantes foram detidos e transportados para a capital das Filipinas, Manila, onde vão aguardar julgamento.