1 -- Kamala abre o jogo e começa a arriscar

Depois de dois meses e meio demasiado à defesa, as últimas sondagens terão forçado Kamala Harris a começar a arriscar. A candidata democrata vai, esta quarta-feira, dar uma entrevista à FOX News, a um dos pivôs menos radicais, Bret Baier. A decisão, embora contestável, tem o seu racional: Kamala sabe que precisa de melhorar o seu desempenho nos homens, nos brancos e mantém algumas esperanças de conquistar eventuais republicanos que pretendam rejeitar Trump. Harris vai também estar no podcast de Joe Rogan.

No terreno de campanha, Bill Clinton deu uma ajuda na Geórgia, depois de Obama ter estado na Pensilvânia. Nas sondagens, a tendência parece continuar a ser a de Trump ganhar pequena vantagem na maioria dos estados decisivos, ainda que com tudo em aberto. No voto popular, a vantagem de Kamala (entre 1 a 3 pontos, por vezes até empate) parece estar ligeiramente abaixo do que se exige a um democrata poder vencer o Colégio Eleitoral.

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2 – “Kamala Harris é uma idiota”

O nível de agressividade de parte dos comentadores e colunistas da direita americana contra Kamala tem vindo a agravar-se, com o aproximar da eleição. Vejamos os termos usados por Charles C. W. Cooke, editor sénior da National Review online e autor de um podcast com o seu nome:

“Ela está descontroladamente, catastroficamente, incontestavelmente fora de si. Nos últimos dois anos, à medida que a familiaridade gerou desprezo, e o desprezo gerou exasperação, adquiri o hábito de destilar em termos inusitadamente contundentes o que penso dos nossos aspirantes políticos mais proeminentes. O meu modesto veredicto sobre o presidente em exercício, Joe Biden, foi que ele era ‘um idiota’. A minha opinião sobre o seu antecessor, Donald Trump, foi que ele é 'um lunático'. Com isso, para completar a trilogia, oferecerei outra opinião sincera: Kamala Harris é uma 'idiota'. Assim, nem mais nem menos, rotulado pelo jornalista britânico, nascido nos EUA, um conservador da linha de George Will, pelo manifesto conservador “Conservatarians welcome both cowboys, community”.

Uma Interrogação: Será que a falta de carisma é o principal problema de Kamala Harris nesta eleição tão disputada?

Estados Decisivos:

Geórgia -- Trump 49 / Kamala 48 (The Hill/Emerson, 5 a 8 out)

Wisconsin -- Trump 48 / Kamala 48 (InsiderAdvantage, 8 e 9 out)

Carolina do Norte -- Trump 49 / Kamala 48 (The Hill/Emerson, 5 a 8 out)

Voto Popular: Kamala 51 / Trump 49 (Harvard/Harris, 11 a 13 outubro)