1 - Kamala a fazer o pleno da “rust belt”

Sondagem Quinnipiac (12 a 16 de setembro) dá seis pontos de avanço a Kamala na Pensilvânia (51-45), cinco pontos à democrata no Michigan (50-45) e um ponto de vantagem no Wisconsin (48-47). Esta conjugação garantiria a eleição presidencial de Kamala Harris, independentemente do que viesse a acontecer nos restantes "swing states".

Claro que a situação no Wisconsin (Kamala +1) não é mais que um empate técnico. Mas as vantagens na Pensilvânia e no Michigan, reveladas neste estudo, não são negligenciáveis. No caso da Pensilvânia, estes dados surgem, de algum modo, em contracorrente, uma vez que a tendência até agora era a de um empate quase total entre Kamala e Trump. No entanto, um outro estudo, do USA Today/Suffolk, dá três pontos de avanço a Kamala sobre Trump no mais importante estado decisivo (50-47). Pelo menos para já, a "Blue Wall", barreira democrata em que se baseou a estratégia de Obama para a reeleição e também na eleição de Biden em 2020, está a aguentar-se para Kamala Harris.

Tom Brenner

2 - Ex-governadores democratas e republicanos comprometem-se a aceitar resultados

A lista de signatários inclui ex-governadores republicanos como Jeb Bush da Flórida, John Kasich de Ohio (ambos antigos candidatos às primárias presidenciais republicanas de 2016), George Allen da Virgínia e Scott McCallum de Wisconsin, bem como ex-governadores democratas, como Ted Strickland do Ohio ou Gray Davis da Califórnia.

A Geórgia e o Nevada, dois estados que poderão ser decisivos para a certificação do próximo Presidente, estão sob controlo republicano. O que aconteceu em 2020 “foi louco e terrível”, disse Jim Blanchard (governador democrata do Michigan entre 1983 e 1991). “Mas vamos unir-nos de forma bipartidária para garantir que protegemos o direito de voto. e os resultados, e queremos apenas garantir que nossos colegas governadores percebam que não há discricionariedade aqui.” São, na verdade, os governadores dos estados os reponsáveis pela certificação eleitoral.

A Lei de Reforma da Contagem Eleitoral de 2022 – aprovada num esforço bipartidário após a pressão de Trump para anular os resultados eleitorais em 2020 – aponta o papel do vice-presidente – e neste caso seria a vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata à presidência – é meramente cerimonial.

Brian Snyder

Uma interrogação: Será que as acusações de Donald quanto a uma suposta responsabilidade de Biden e Harris nas duas tentativas de atentados pela retórica anti-Trump colam junto de uma parte do eleitorado?

Todos os Presidentes dos Estados Unidos da América

7 – Andrew Jackson (1829-1837) Vice-Presidente: Martin Van Buren

Partido: Democrático

General, congressista, viria a lançar as bases da argumentação do “homem comum” sobre a “aristocracia corrupta”, numa dualidade que hoje classificaríamos como “populista”. Jackson, no seu tempo, associou-a à preservação da União.

8 – Martin Van Buren (1837-1841) Vice-Presidente: Richard Mentor Johnson

Partido: Democrata

Fundador do Partido Democrata, tinha sido governador de Nova Iorque, Secretário de Estado e vice-presidente dos EUA. Para chegar à Presidência, teve o apoio de Jackson e da estrutura do partido que fundou.

9 – William Henry Harrison (1841-1841) Vice-Presidente: John Tyler

Partido: Whig

Chefe militar, eleito Presidente, só exerceu o cargo por um mês. Viria a morrer com uma pneumonia e febre tifoide. A sua morte abriu crise constitucional, com a polémica em torno da sucessão: Tyler, seu vice-presidente, deveria assumir o cargo no resto do mandato ou apenas exercer funções de forma transitória?

(amanhã: John Tyler, James Polk, Zachary Taylor)

Uma sondagem

PENSILVÂNIA -- Kamala 50 / Trump 47

(USA Today/Suffolf, 11 a 14 set)