DIA D-59: Dick Cheney, o grande "neocon", apoia Kamala

1 – VICE-PRESIDENTE DE W. BUSH APELA AO VOTO NA CANDIDATA DEMOCRATA.

É um dos principais momentos desta campanha até agora. O Vice Presidente dos EUA na última administração republicana antes de era Trump apela ao voto em Kamala Harris para "salvar a América de Trump". Antigo vice-presidente republicano considera que Donald Trump é a pessoa mais perigosa para a república desde a fundação dos Estados Unidos. “Nos 248 de história da nossa nação, nunca houve um indivíduo que fosse uma ameaça tão grande à nossa república como Donald Trump”, afirmou o antigo vice-presidente, hoje com 83 anos, em comunicado. Donald Trump tentou “roubar as últimas eleições através de mentiras e de violência para se manter no poder depois de ter sido rejeitado pelos eleitores. Nunca mais lhe podemos confiar o poder”, apelou Cheney. “Enquanto cidadãos, cada um de nós tem o dever de colocar o país acima da cor partidária para defender a Constituição. Por isso, eu vou votar na vice-presidente Kamala Harris”. Dick Cheney é apontado como um dos mais relevantes vice-presidentes da história americana. Era o chefe dos “neocons”, corrente que passou a ser dominante na presidência W. Bush depois do 11 de Setembro de 2001, e que levaria a América para as guerras no Afeganistão e depois no Iraque. Cheney é também pai de Liz Cheney, a ex-número 3 da bancada republicana no Congresso, que também apoia Kamala, depois de ter sido frontalmente a favor dos “impeachment” de Trump, quando ainda estava na Câmara dos Representantes. Isto junta-se aos cerca de três centenas de republicanos, muitos deles ex-conselheiros ou assesores nas presidências Bush pai, Bush filho e nas candidaturas presidenciais de McCain e Romney. Em 2016, já tinha acontecido este movimento -- mas mesmo assim Trump bateu Hillary. Será que, desta vez, George W. Bush vai não só demarcar-se de Trump como apoiar mesmo Kamala?

2 – TRUMP COM GRANDE VITÓRIA ESTRATÉGIA NOS TRIBUNAIS.

A leitura da sentença de Donald Trump no caso Stormy Daniels foi adiada para depois das eleições de 5 de novembro, em mais uma vitória estratégica da defesa do ex-Presidente, agora candidato republicano. O juiz Juan Merchan aceitou o pedido da defesa e adiou a sentença do dia 18 de setembro para o dia 26 de novembro. Vai considerar ainda se se aplica a imunidade presidencial. O juiz do tribunal de Manhattan aceitou o pedido da defesa para adiar a leitura da sentença. Os advogados de Trump submeteram vários pedidos, a nível estadual e federal, argumentando que tomar uma decisão desta natureza na reta final da campanha eleitoral era uma forma de “interferência eleitoral”. A decisão do juiz Juan Merchan, publicada esta sexta-feira, utiliza a proximidade da eleição como justificação para o adiamento da leitura da sentença. “O adiamento da decisão sobre a sentença, se tal for necessária, deve dissipar qualquer sugestão de que o tribunal terá emitido qualquer decisão ou imposto qualquer sentença para dar uma vantagem ou criar uma desvantagem para qualquer partido ou qualquer candidato a qualquer cargo”.

UM ESTADO: Utah

Resultado em 2020: Trump 58,1%-Biden 37,6%

Resultado em 2016: Trump 45,5%-Hillary 27,5%-McMullin 21,5%

Resultado em 2012: Romney 72,6%-Obama 24,7%

Resultado em 2008: McCain 62,3%-Obama 34,2%

Resultado em 2004: Bush 71,6%-Kerry 26,0%