Continua a dar que falar a cena musical de um banquete, protagonizada por artistas drag e dançarinos, na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, juntou-se às vozes descontentes com o episódio, considerando-o um ato de “imoralidade contra o mundo cristão”.

“Consegues imaginar que um evento desportivo destinado a unir as pessoas foi aberto com hostilidades aos valores da humanidade? O que foi feito em Paris é um projeto que visa levar os humanos a um nível inferior ao dos animais”, diz Erdogan, citado pela agência de notícias AFP.

O Presidente turco garante que pretende ligar ao Papa Francisco “para partilhar a imoralidade cometida contra todos os cristãos”, referindo-se ao que muitos consideraram uma polémica paródia de “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci.

No entanto, Erdogan foi além e criticou toda a organização dos Jogos Olímpicos, que garante estar a ser "usado como uma ferramenta de perversão”.

O que aconteceu?

O diretor artístico da cerimónia, Thomas Jolly, veio esclarecer que a performance era, ao fim e ao cabo, uma referência aos deuses pagãos da Grécia Antiga, onde nasceram as olimpíadas.

"A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", explicou o diretor artístico, em declarações à televisão francesa BFM.

Thomas Jolly assegura que não houve qualquer intenção de "fazer troça ou denegrir" ninguém. A organização dos Jogos Olímpicos reforçou a mensagem, mas pediu desculpa “a quem ficou ofendido”.

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