"Os Estados Unidos condenam os assassinatos do advogado Elvino Dias e do candidato parlamentar do (partido) Podemos, Paulo Guambe, em Moçambique", segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.

"Juntamo-nos aos apelos dos quatro partidos políticos nacionais em Moçambique para uma investigação rápida e rigorosa. Os responsáveis por estes crimes devem ser responsabilizados", referiu.

O porta-voz acrescentou ainda: "Apelamos a todas as instituições estatais, líderes políticos, cidadãos e partes interessadas para que resolvam os diferendos eleitorais de forma pacífica, rejeitando a violência e a retórica inflamada", acrescentou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

A União Europeia, a União Africana e as Nações Unidas condenaram a violência em Moçambique e apelaram a uma investigação sobre os factos ocorridos nos últimos dias.

A polícia moçambicana confirmou no sábado, à agência Lusa, que a viatura em que seguiam Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, candidato às presidenciais no dia 09 de outubro, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que apoia Mondlane, foram mortos a tiro numa "emboscada".

O crime aconteceu na avenida Joaquim Chissano, no centro da capital moçambicana.

Venâncio Mondlane, 50 anos, candidato presidencial apoiado pelo Podemos, tinha convocado manifestações para contestar os primeiros resultados das eleições, em que a Frelimo, o partido que está no poder há meio século em Moçambique, era apontado como vencedor.

Os resultados oficiais das eleições são esperados esta semana.

Na segunda-feira, centenas de manifestantes marcharam em protesto em Maputo antes de serem dispersados pela polícia de choque.

 

PSP (PVJ) // SB

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