As forças armadas norte-americanas afirmaram hoje que mataram 37 "terroristas", incluindo membros do Hourras al-Din, um grupo ligado ao Daesh e à Al-Qaeda, em dois ataques distintos na Síria.

Segundo um comunicado do Comando do Médio Oriente (Centcom) das forças armadas dos Estados Unidos, o primeiro ataque, na passada terça-feira, matou nove "terroristas".

Entre estes terroristas que as forças armadas norte-americanas reclamam ter abatido, está um líder sénior do Hourras al-Din no noroeste da Síria, enquanto um ataque anterior, em 16 de setembro, contra um campo de treino do Daesh, matou 28 outros "terroristas", incluindo pelo menos quatro líderes, disse o Centcom.

"Estes ataques contra o comando e os combatentes do Daesh e do Hourras al-Din, um grupo ligado à Al-Qaeda, demonstram o empenhamento do Centcom em derrotar as organizações terroristas na região a longo prazo", afirmou o chefe do Centcom, general Erik Kurilla, no comunicado.

Outro dirigente do Hourras al-Din, Abu Abdul Rahman al-Makki, foi também abatido pelos Estados Unidos no final de agosto na Síria.

O Daesh assumiu o controlo de vastas áreas da Síria e do Iraque a partir de 2014, impondo um reinado de terror antes de ser derrotado em 2019 por uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos e auxiliada pelas forças curdas sírias.

Desde a derrota territorial do grupo, os extremistas retiraram-se para o deserto sírio e continuam a realizar ataques mortais, visando principalmente o exército e as forças dominadas pelos curdos.

Os Estados Unidos mantêm cerca de 2.500 militares no Iraque e quase 900 na Síria, no âmbito da coligação internacional criada em 2014 para combater o estado islâmico. No final de agosto, o exército americano e as forças de segurança iraquianas mataram 15 combatentes do estado islâmico, numa operação de grande envergadura no Iraque.

Washington e Bagdade anunciaram, na sexta-feira, que a coligação internacional terminaria o seu trabalho no Iraque dentro de um ano, mas continuaria a sua missão na Síria.