O Governo do Distrito Federal afirmou que as explosões registadas, na quarta-feira, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, terão sido um ataque suicida de um homem que tentou entrar na sede do Supremo Tribunal Federal com explosivos.

Em conferência de imprensa, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, disse que o primeiro artefacto explodiu num carro no estacionamento entre o STF e um anexo da Câmara dos Deputados.

De seguida o homem dirigiu-se ao STF e "tentou entrar com os dispositivos", resumiu a responsável brasileira, detalhando que a segunda explosão aconteceu à porta do Supremo.

"A informação preliminar é de que foi um suicídio", não havendo qualquer outra pessoa identificada até ao momento, acrescentou a vice-governadora, indicando não ter sido ainda possível confirmar a identidade do homem "porque o corpo ainda está com artefactos".

De acordo com a polícia, o proprietário do carro foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro), nas eleições municipais de 2020. O homem será a única vítima mortal da explosão.

As autoridades disseram ainda que os indícios apontam que o carro pertença à mesma pessoa que morreu.

A imprensa brasileira avança que o homem deixou várias mensagens nas redes sociais a antecipar o atentado, "manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições".

Uma mulher testemunhou o momento em que o suspeito colocou as bombas junto ao Supremo Tribunal Federal do Brasil.

Governo promete rapidez na identificação do autor do ataque

O Governador do Distrito Federal prometeu máxima celeridade para "identificar o autor ou autores, bem como a motivação" das explosões.

"Muito grave o que acaba de ocorrer na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados", escreveu Ibaneis Rocha, nas redes sociais.

O Governador do Distrito Federal, que se encontra em Roma para compromissos oficiais, salientou que "todas as unidades de segurança e de inteligência do Governo do Distrito Federal estão orientadas a agir com rigor e celeridade para identificar o autor ou autores, bem como a motivação para esses ataques".

A Praça dos Três Poderes, que alberga as sedes do Supremo, do Congresso e da Presidência, foi encerrada.

A imprensa local noticiou que, na altura das explosões, estavam a decorrer sessões de plenário na Câmara e no Senado. O Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, já não se encontrava no Palácio do Planalto quando as explosões foram sentidas.

Até ao momento, o Governo Federal brasileiro ainda não reagiu ao incidente.


- Com Lusa