"Para os eleitores e concorrentes, endereçamos as nossas felicitações pelo civismo e urbanidade na campanha e esperamos que os pequenos distúrbios de que temos ouvido sejam eliminados", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava no discurso alusivo ao 50º aniversário dos Acordos de Lusaka, assinados em 07 de setembro de 1974, entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e o então governo colonial português e que levaram à independência nacional do país africano em 25 de junho de 1975.

O chefe de Estado moçambicano exortou os eleitores a dirigirem-se em massa às urnas nas eleições gerais de 09 de outubro.

"Voltamos a apelar para uma participação massiva no dia da votação a todos os cidadãos em idade eleitoral", acrescentou Filipe Nyusi.

Uma pessoa morreu e outras 93 ficaram feridas na sequência do despiste de um camião que transportava simpatizantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) em campanha eleitoral na Zambézia, centro de Moçambique, disse sexta-feira à Lusa o partido.

"Dos 93 feridos, dois foram transferidos para o Hospital Provincial [da Zambézia] e sete se encontram internados no Hospital Distrital [de Milange]. Os restantes tiveram alta e já se encontram nas suas casas", afirmou Ludmila Magune, porta-voz do partido no poder em Moçambique.

O camião despistou-se e embateu contra parte da estrutura de uma ponte metálica no distrito de Milange na noite de quarta-feira, quando o grupo regressava de um comício do candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo.

"Tivemos um óbito de madrugada, mas referir aqui que esta senhora que morreu já estava com um estado de anemia e que foi agravado pela situação do acidente", explicou uma profissional de saúde do Hospital Distrital de Milange, citada hoje pela comunicação social local.

A porta-voz da Frelimo afirmou que o partido a nível do distrito continua a prestar "assistência direta" às vítimas do sinistro.

Em setembro de 2019, pelo menos 10 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas quando uma multidão saiu de forma desordenada de um comício eleitoral da Frelimo num estádio de Nampula, norte de Moçambique, anunciou, na altura, o partido.

O incidente de 2019 ocorreu durante a campanha para as eleições gerais, num comício que era dirigido pelo então candidato presidencial e atual chefe de Estado, Filipe Nyusi.

A campanha para as eleições gerais de 09 de outubro deste ano em Moçambique decorre desde 26 de agosto, com quatro candidatos à Presidência da República e 37 forças políticas concorrentes nas legislativas e provinciais.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados oficiais.

Concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelos extraparlamentares Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD).

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