"O incêndio está a ceder aos meios. Não há nada em perigo [...] Estão já a chegar mais meios", disse à Lusa o adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Luís Coelho.
Às 09:30, a fonte precisou que no local estão 87 homens auxiliados por 27 veículos, e o objetivo é evitar que o fogo chegue a uma estação de radar de aviação da Força Aérea.
De madrugada, cerca das 04:00, este incêndio que teve início na segunda-feira em Paços de Ferreira (Porto), reacendeu em dois pontos nas zonas de Refojos e Monte Córdova, em Santo Tirso, também no distrito do Porto.
"Um dos reacendimentos está em fase de rescaldo, mas outro está ativo em vários pontos", disse o adjunto de comando.
Na quarta-feira, este incêndio foi dado como "dominado" e, pelas 18:50, quando decorriam operações de rescaldo e vigilância e todas as pessoas que tinham sido retiradas de casa por precaução regressaram a casa, indicou fonte da Proteção Civil.
Sete pessoas morreram e cerca de 120 ficaram feridas nos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam perto de 76 mil hectares.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizava, às 19:30 de quarta-feira, 34 incêndios ativos, sendo que destes 18 assumiam uma dimensão "significativa" e mobilizavam mais meios. No combate a estes 18 incêndios estavam envolvidos 2.434 operacionais, apoiados por 734 meios terrestres e 23 meios aéreos.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
PFT (VCP) // JAP
Lusa/Fim