Numa declaração publicada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, na qualidade de atual representante do G7, este grupo de países manifestou uma "profunda preocupação com a situação na Venezuela, após a votação de 28 de julho".
O G7 apelou aos "representantes venezuelanos para que ponham fim a todas as violações e abusos dos direitos humanos, às detenções arbitrárias e às restrições generalizadas às liberdades fundamentais, que afetam particularmente a oposição política, os defensores dos direitos humanos e os representantes dos meios de comunicação independentes e da sociedade civil".
O grupo sublinhou que a vitória do Presidente Nicolás Maduro nas presidenciais de 28 de julho, anunciada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) venezuelana, "carece de credibilidade e legitimidade democrática, como indicam os relatórios do painel de peritos da ONU e de observadores internacionais independentes, bem como os dados publicados pela oposição".
Os representantes de Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido voltaram a pedir "que os resultados eleitorais sejam completos e verificados de forma independente para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano".
Também "manifestaram a sua indignação pelo mandado de detenção e pelas constantes ameaças à segurança do candidato da oposição, que decidiu refugiar-se em Espanha", referindo que, de acordo com "os referidos relatórios independentes, Edmundo González Urrutia parece ter obtido a maior quantidade de votos" no sufrágio de 28 de julho.
O G7 apelou à "libertação de todos os presos políticos e um caminho para a liberdade e a democracia para o povo da Venezuela".
Ao mesmo tempo, instaram a comunidade internacional a "manter a Venezuela no topo da agenda diplomática e manifestaram apoio aos esforços dos parceiros regionais para facilitar a transição democrática e pacífica", respeitando a escolha dos venezuelanos.
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