As urgências de obstetrícia na região de Lisboa vão passar a estar de portas fechadas e quem se dirigir pelos próprios meios terá de esperar à entrada e aguardar por uma triagem.

Os serviços de urgência de obstetrícia dos centros hospitalares públicos da capital vão passar a ter a porta fechada e, quando as grávidas precisarem de ser atendidas, terão de ser previamente referenciadas através de telefone, encaminhamento médico ou emergência pré-hospitalar.

Na chegada às urgências, as utentes terão de anunciar a sua chegada tocando à campainha, escreve o jornal Expresso.

A ideia do Governo é reduzir o número de casos não urgentes que chegam todos os dias aos hospitais e atribuir-lhes uma consulta nas horas seguintes. Além disso, o intuito passa também por limitar as urgências obstétricas a casos referenciados.

A nova estratégia está a ser discutida com os diretores de obstetrícia e deverá avançar dentro de três semanas, na Grande Lisboa.

Apesar de ser prioritária, a região de Lisboa não será a única onde este método de referenciação será aplicado, podendo estender-se a todos os hospitais portugueses que prestem este serviço médico.

Há, no entanto, exceções a ser pensadas, sobretudo nas regiões de Setúbal e Leiria, onde "há dúvidas sobre os ganhos", diz ao Expresso o presidente da Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Alberto Caldas Afonso.

Nestes dois distritos, poderá ser criada uma urgência partilhada, com Setúbal a ficar com Barreiro e Garcia da Orta e Leiria com Caldas da Rainha e Santarém.

Urgências encerradas no próximo fim de semana

No sábado e no domingo, seis serviços de urgência estarão encerrados. Os hospitais do Barreiro, Caldas da Rainha e Leiria vão estar sem o serviço de ginecologia e obstetrícia, assim como o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, onde a urgência de pediatria também estará encerrada.

Além do centro hospitalar de Loures, também no de Setúbal não vai haver serviço de pediatria em funcionamento.