O grupo xiita libanês Hezbollah lançou "dezenas" de 'rockets' contra duas bases militares no norte de Israel, em resposta a ataques que esta terça-feira mataram uma pessoa e feriram 14 em duas cidades libanesas distantes da fronteira comum.
"Os combatentes da Resistência Islâmica dispararam hoje dezenas de 'rockets Katyusha' contra um 'bunker' de artilharia inimigo pertencente ao Batalhão 411 em Neve Ziv e um centro de controlo atualmente ocupado por forças da Brigada Golani na base do Monte Neriyya", anunciou o Hezbollah num comunicado.
Segundo a nota, o lançamento ocorreu em resposta a um bombardeamento com um 'drone' que horas antes matou uma pessoa e feriu outras duas na zona de Bab Mareh, no sudeste do Líbano, a cerca de 25 quilómetros da fronteira, onde costumam concentrar-se as hostilidades.
O Exército israelita afirmou ter matado um alegado comandante das forças de elite Radwan do Hezbollah numa área próxima, embora o grupo xiita não tenha confirmado o cargo que a vítima ocupava.
Os ataques com 'rockets' foram também uma resposta a outro bombardeamento israelita que hoje atingiu um edifício numa zona residencial nos arredores da cidade de Nabatieh, também bastante afastada da fronteira e que só esporadicamente é atacada.
Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas em Nabatieh, embora apenas uma delas tenha precisado de ser hospitalizada, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Ministério de Saúde Pública do Líbano.
Tensão aumentou este verão
Há 11 meses que o Hezbollah e Israel estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre os dois países, que se intensificou fortemente este verão após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram na sequência do ataque de 07 de outubro do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) a Israel. Na sequência dessa ofensiva, que fez 1.194 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 41.000 mortos e cerca de 95.000 feridos.
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte.