O dirigente da Iniciativa Liberal diz, durante uma visita a uma creche, em Mafra, que um mau Orçamento do Estado é pior para o país do que não haver aprovação do documento. Rui Rocha considera ainda que não se deve dramatizar este momento e diz também que não espera coisas positivas da reunião entre o PS e o Governo, agendada para sexta-feira.

O líder do partido liberal considera que "quando a AD e o PS se juntam a IL não espera grande coisa" ou "espera "coisas que não são positivas para o país".

Rui Rocha defende que "não se deve dramatizar" o momento de incerteza em relação ao Orçamento do Estado para 2025.

"Creio que o que importa mesmo são as soluções para o país", acrescenta, antes de assumir que percebe "a questão da necessidade" do documento, no entanto lembra "que não pode ser um mau orçamento":

"Um mau orçamento é pior para o país do que não haver orçamento".

Em vez de "discutir tricas orçamentais e se as agendas são privadas ou públicas", criticando a Aliança Democrática e o Partido Socialista , a IL preferiu visitar, esta quinta-feira, uma creche em Mafra, onde deu a conhecer a proposta do cheque-creche que hoje vai ser discutida no parlamento, uma iniciativa dos liberais de resposta à falta de creches e de vagas.

"Se o país estiver à espera de uma rede de creches públicas, as famílias não vão ter soluções. Por isso é que defendemos o cheque-creche. O Estado já se comprometeu com a gratuitidade das creches, então pegue-se nesse dinheiro que está a ser investido e sejam as famílias a escolher", propôs Rui Rocha.

Com esta medida a IL diz querer dar maior apoio à primeira infância e garantir uma efetiva universalização do acesso a creches, acreditando que as entidades privadas e do setor social poderão estar "mais disponíveis" para virem a alargar o número de creches no país.