O incêndio que deflagrou na quarta-feira na Madeira tem três frentes ativas, sendo que conta a partir de hoje com o apoio dos 76 elementos da força conjunta que veio do continente, informou o Serviço Regional de Proteção Civil.

Segundo o ponto de situação às 08:30 as frentes ativas em curso são nas áreas do Curral das Freiras e Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, e na Serra de Água, no município contíguo a oeste, Ribeira Bava.

Os incêndios estão a ser combatidos por 120 operacionais de todos os corpos de bombeiros da região, apoiados por 43 veículos e o meio aéreo que já iniciou as operações.

Os 76 elementos da Força Especial dos Bombeiros que chegaram na madrugada de hoje à Madeira, que foram destacados do continente para apoiar o combate aos incêndios, estiveram "nas últimas horas, a fazer reconhecimento e avaliação do teatro de operações" e, nas próximas horas irão "concentrar os seus esforços na zona da Serra de Água”, lê-se na informação.

Também todo o efetivo do Corpo de Polícia Florestal, Sapadores e Vigilantes da Natureza está no terreno, colaborando ativamente no combate ao incêndio.

O Plano Regional de Emergência de Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira (PREPCRAM) foi ativado para responder “à gravidade da situação vivenciada”.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, interrompeu no sábado o período de férias que gozava na ilha do Porto Santo e chegou à Madeira na noite de sábado para acompanhar a situação.

O vento forte e o tempo quente levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar todas as regiões da ilha da Madeira sob aviso laranja.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica, enquanto o aviso laranja (o segundo nível) é emitido quando existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.

Estas condições atmosféricas têm dificultado o combate às chamas e por prevenção dezenas de pessoas foram retiradas das suas residências, estando em estruturas disponibilizadas pelas câmaras municipais.