"A possibilidade de um acordo no norte está a desaparecer. O Hezbollah continua a ligar-se ao Hamas. A direção é clara", disse Yoav Gallant durante uma conversa com o seu homólogo americano, Lloyd Austin, segundo o jornal israelita Haaretz.

Gallant destacou a necessidade de pôr fim à ameaça representada pelo Hezbollah do sul do Líbano e conseguir o regresso dos deslocados às suas casas no norte de Israel, ao mesmo tempo que reiterou que Israel continuará a trabalhar para "destruir o Hamas e libertar os raptados durante os ataques realizados".

O aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah -- um grupo apoiado pelo Irão que tem um peso militar e político significativo no Líbano -- levantou receios sobre a possibilidade de um alargamento do conflito no Médio Oriente.

Os combates eclodiram após os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, que fizeram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados, segundo as autoridades israelitas.

Neste contexto, o exército israelita apresentou os seus "planos operacionais" em relação ao Líbano ao exército dos Estados Unidos na semana passada, no âmbito de uma reunião entre o chefe do Estado-Maior do Exército, Herzi Halevi, e o comandante do Comando Central Estados Unidos (CENTCOM), Eric Kurilla, no qual abordaram a situação do país, "com ênfase no cenário norte, do Líbano ao Irão".

Israel está em guerra contra o Hamas desde o ataque desencadeado pelo movimento islâmico palestiniano há quase um ano.

A operação militar israelita de resposta já causou pelo menos 41.182 mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, que não especifica a percentagem de combatentes e civis mortos.

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