O Exército israelita reivindicou esta quarta-feira a morte de dois membros do movimento islamita palestiniano Hamas, em duas operações separadas na Faixa de Gaza, detalhando que um deles guardou Noa Marciano, militar israelita que morreu enquanto refém.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) adiantaram, na rede social X, que as suas forças conseguiram neutralizar Abdullah Riela, que fazia parte do batalhão Shati do Hamas, durante um ataque aéreo na Cidade de Gaza durante uma operação conjunta na semana passada com o serviço de inteligência, o Shin Bet.

Riela participou, segundo as forças israelitas, nos ataques de 07 de outubro e esteve posteriormente entre os responsáveis pela guarda de Noa Marciano, de 19 anos, que morreu às mãos dos milicianos que a mantinham detida perto do Hospital Al Shifa, na cidade de Gaza.

O Hamas publicou um vídeo de Marciano no qual aparecia a falar para a câmara vários dias após a sua captura em 07 de outubro, numa base em Nahal Oz.

Depois, o movimento islamita palestiniano mostrou o seu corpo, referindo que a militar foi vítima de um bombardeamento israelita.

As forças israelitas recuperaram o seu corpo em novembro. Um relatório forense determinou que Noa ficou ferida por um ataque, mas que a sua vida não estava em perigo.

Mais tarde, foi "assassinada por um terrorista do Hamas", denunciou na altura o porta-voz das Forças Armadas israelitas, Daniel Hagari.

O Exército israelita garantiu ainda que, durante outra operação conjunta com o Shin Bet, as suas forças mataram num ataque de 'drones' Ayman Khaled Ahmed abu Al Yahni, que participou no ataque contra a passagem de Erez, em 07 de outubro.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo Israelita, em 07 de outubro, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou mais de duas centenas de reféns.

Desde então, Israel encetou uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, além de ter provocado um desastre humanitário e desestabilizado todo o Médio Oriente.


Com LUSA