O norte-americano John J. Hopfield e o britânico Geoffrey E. Hinton foram premiados esta terça-feira com o Prémio Nobel da Física 2024. O galardão foi anunciado esta manhã na Suécia, na Academia Real de Ciências, com o comité do Nobel a elogiar os cientistas por “descobertas e invenções fundamentais que permitem 'machine-learning com redes nervosas artificiais”.

Numa nota no site, a Academia Real de Ciências sueca considerou que Hopfield e Hinton “usaram ferramentas desde a física a métodos de desenvolvimento que são a base do poderoso ‘machine-learning’ dos tempos de hoje”. A instituição que atribuiu o Nobel da Física explicou a importância de ‘machine-learning’, um método de análise de dados com características de inteligência artificial, enaltecendo os contributos de ambos na área.

John Hopfield, professor na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, é um dos laureados mais velhos de sempre, com 91 anos. Geoffrey Hinton tem 77 e é docente na Universidade de Toronto, no Canadá.

Com a conquista do prémio, Hopfield e Hinton tornaram-se nas 225.ª e 226.ª pessoas a serem laureadas com o Nobel da Física desde 1901.

Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram o trio galardoado com o Prémio Nobel da Física em 2023, pelo seu trabalho em desenvolver “métodos experimentais capazes de gerar pulsos de luz de attossegundos para o estudo da dinâmica de eletrões na matéria”, uma descoberta considerada essencial para “explorar o mundo dos eletrões no interior dos átomos e das moléculas”.

O Nobel da Física é o segundo a ser anunciado este ano. Na segunda-feira,o comité do Nobel no Karolinska Institutet entregou o Nobel da Medicina aos norte-americanos Victor Ambros, de 70 anos, e Gary Ruvkun, de 72, pela descoberta da molécula de microRNA, responsável por regular a expressão das células no nosso organismo.

Na quarta-feira, será anunciado o Prémio Nobel na área da Química. Seguem-se o Prémio Nobel da Literatura, que será declarado na quinta-feira, e o Prémio Nobel da Paz na sexta-feira em Oslo, na Noruega. O último Nobel será atribuído novamente em Estocolmo, na próxima segunda-feira, na área de Economia.