A morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, criou "a oportunidade" de acabar com a guerra em Gaza, defendeu a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, enquanto o chefe de Estado, Joe Biden, apelou à libertação dos reféns.

"Este momento dá-nos uma oportunidade de finalmente acabar com a guerra em Gaza, e ela deve acabar de tal forma que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza acabe e o povo palestiniano possa alcançar o seu direito à dignidade, segurança, liberdade e autodeterminação", reagiu Kamala Harris, também candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, num evento de campanha na Universidade de Wisconsin-Milwaukee.

Ainda de acordo com a candidata democrata à Casa Branca, a justiça foi feita e os "Estados Unidos, Israel e o resto do mundo são agora um lugar melhor" sem Sinwar.

De acordo com Kamala Harris, o pessoal de informações e de operações especiais dos Estados Unidos trabalhou em estreita colaboração com os seus homólogos israelitas para localizar o líder do grupo islamita palestiniano.

"Bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo"

Já Joe Biden afirmou que a morte do líder do Hamas por tropas israelitas representa um "bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo", e avaliou o momento como uma "oportunidade" para libertar os reféns detidos pelo Hamas e acabar com a guerra na Faixa de Gaza, iniciada há um ano.

"Como líder do grupo terrorista Hamas, Sinwar foi responsável pelas mortes de milhares de israelitas, palestinianos, americanos e cidadãos de mais de 30 países", indicou o líder norte-americano em comunicado.

A morte do líder do Hamas "prova mais uma vez que nenhum terrorista em lugar nenhum do mundo pode escapar da justiça, não importa quanto tempo leve", acrescentou.

De acordo com Joe Biden, agora "há a oportunidade para um 'dia seguinte' em Gaza sem o Hamas no poder, e para um acordo político que traga um futuro melhor para israelitas e palestinianos".

Yahya Sinwar "era um obstáculo intransponível para atingir todos esses objetivos" e que "já não existe", observou Biden, frisando que "ainda há muito trabalho pela frente".

Também o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reagiu à morte de Sinwar, que classificou como um "terrorista cruel e impenitente, responsável pelo maior massacre de judeus desde o Holocausto".

Blinken, que tem tentado mediar os esforços para um cessar-fogo em Gaza, indicou que, em várias ocasiões nos últimos meses, Sinwar rejeitou os esforços para terminar a guerra através de um acordo que devolveria os reféns às suas famílias e aliviaria o sofrimento do povo da Palestina.

"Nos próximos dias, os Estados Unidos redobrarão os seus esforços com parceiros para encerrar este conflito, garantir a libertação de todos os reféns e traçar um novo caminho que permitirá ao povo de Gaza reconstruir as suas vidas e realizar as suas aspirações livres da guerra e livres do domínio brutal do Hamas", assegurou.

Após a confirmação israelita da morte de Sinwar, o Pentágono garantiu que os Estados Unidos não estiveram "diretamente envolvidos" na operação.

"Esta foi uma operação israelita. As forças americanas não estavam diretamente envolvidas", disse o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em conferência de imprensa.