Corria o verão de 2018. Uma equipa de 12 jovens futebolistas e o treinador ficaram presos, durante 17 dias, numa gruta, na Tailândia. O episódio comoveu o mundo, que parou para assistir ao resgate dos jovens tailandeses (com idades entre os 11 e os 16 anos) e do treinador da equipa.
O caso deu até origem a um filme, que recriou a complexa e demorada operação de salvamento.
Agora, seis anos depois, um dos protagonistas da história volta a ver-se envolvido num caso de proporções sérias.
Depois de ter ficado preso na gruta, o treinador da equipa, Ekkapol Chantawong, ficou agora preso nas cheias que estão a atingir a Tailândia.
Preso no telhado
De acordo com o jornal britânico The Guardian, tudo aconteceu esta terça-feira. As cheias chegaram rapidamente à aldeia do treinador, que não teve tempo de reunir a família e fugir .
Ekkapol Chantawong teve de subir ao telhado da própria casa, onde ficou preso durante toda a noite – com a namorada e uma tia -, depois de o nível das águas ter subido de tal forma que lhe inundou toda a habitação.
As lições da gruta
O treinador - que mora na região tailandesa de Mae Sai, fortemente atingida pelas cheias - disse que aproveitou a experiência que ganhou, durante o episódio da gruta, para lidar com o desastre natural.
“Eu estava assustado, mas disse a mim mesmo que tinha de manter a calma”, afirmou Ekkapol Chantawong, citado pelo The Guardian.
“Acho que a situação não é diferente . Temos de manter o foco e tentar resolver o problema que estamos a enfrentar . ”
Diz-se que não há duas sem três, mas Ekkapol Chantawong está pronto para não ter mais experiências extremas.
“Espero não ter de voltar a subir para cima do telhado ” , disse.
As chuvas torrenciais causadas pelo tufão Yagi estão a atingir, além da Tailândia, o Laos, Myanmar e o Vietname – ondejá morreu perto de uma centena e meia de pessoas.