Foram comprados mais de 2 mil passes ferroviários verdes, no primeiro dia em que este novo passe ficou à venda. Os números são avançados pela CP – Comboios de Portugal.

De acordo com a CP, até às 18h00 desta segunda-feira, já tinham sido vendidas 2.230 assinaturas do novo passe.

O passe, de validade mensal, tem o custo de 20 euros. O título de transporte permite aos passageiros viajar nos comboios regionais, inter-regionais (apenas em 2.ª classe) e intercidades (também só em 2.ª classe, e com reserva de lugar antecipada obrigatória), nos urbanos de Lisboa e do Porto (mas apenas fora das áreas cobertas pelos passes intermodais metropolitanos) e nos urbanos de Coimbra.

Há também outras versões do passe, de maior duração. Em vez de comprar o passe de 30 dias todos os meses, os passageiros podem optar pelos passes de 60 dias (que custam 40 euros) ou de 90 dias (com o custo de 60 euros).

Governo garante compensação à CP

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, assegura que a CP será compensada financeiramente por esta medida já em 2025. O apoio, no valor de 18,9 milhões de euros, acrescenta, já está comtemplado no Orçamento do Estado.

O governante assinalou, esta segunda-feira, o arranque do Passe Ferroviário Verde, com uma viagem de comboio entre Lisboa e Santarém.

A aplicação da medida, que o Executivo da Aliança Democrática apresentou sob a promessa de tornar os transportes mais baratos, acessíveis e ecológicos, tem merecido críticas do Livre, que se queixa de que o Governo se apropriou de uma proposta daquele partido “sem qualquer negociação ou aviso”.

A medida mereceu já também a censura da Associação Nacional de Transportes de Passageiros, queixando-se de atrasos nos reembolsos do Estado às empresas de transporte, para cobrir as tarifas sociais.