O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) apresenta números sobre o primeiro mês do ano letivo 2024/2025. Há ainda 720 horários por preencher nas escolas públicas, 23.357 alunos sem aulas a uma disciplina, e 567 professores que regressaram à profissão. Quanto aos aposentados, são “para já 79” os que querem voltar.

“Estão por preencher 720 horários, sendo que destes há 357 horários que estão por preencher desde o início das aulas. Até ao dia 16 de setembro, último dia do período para o arranque do ano letivo, as escolas tinham pedido 11.583 horários tendo ficado, nessa altura, 4.065 horários por preencher”, pode ler-se no comunicado enviado às redações.

O Ministério tutelado por Fernando Alexandre, que esta sexta-feira esteve no Parlamento, espera que o número de horários por preencher reduza ”ainda mais com o resultado do concurso externo extraordinário, ao qual 5.675 professores apresentaram candidatura para as 2.309 vagas nas áreas de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, onde estão localizados a maioria das escolas com maior carência de docentes".

Para colmatar estas carências, o Governo salienta que foi criado um concurso de vinculação extraordinária e apoio à deslocação com o intuito de “atrair professores". E já há dados: "2.234 docentes solicitaram este apoio, dos quais, 1.033 são professores que estão colocados a mais de 300 quilómetros da residência fiscal e que, por isso, vão receber o valor máximo do apoio, 450 euros mensais.”

Este apoio será pago durante 11 meses e abrange todos os professores colocados naquelas escolas, independentemente do vínculo e do grupo de recrutamento.

No que diz respeito a regresso de professores aposentados, o Ministério revela que "para já, 79 professores aposentados manifestaram interesse e disponibilidade em voltar ao ensino, “passando a integrar uma bolsa de contratação, ao dispor dos diretores das escolas”.

Destaque ainda para “567 professores que tinham abandonado a profissão e que decidiram, este ano letivo, regressar”.

Contas feitas, o Governo refere que já alcançou a meta de reduzir em 25% o número de mobilidades de docentes nos grupos de recrutamento deficitários, em comparação com 2023/24.