O ministro da Presidência admitiu, esta segunda-feira, que a fuga de cinco reclusos no sábado resulta do desinvestimento e da falta de recursos humanos nas prisões, garantindo que a ministra da Justiça vai esclarecer o caso com transparência.
“É uma situação preocupante, delicada, que merece da parte do Governo toda a atenção e uma comunicação esclarecedora por parte da ministra”, reconheceu o ministro António Leitão Amaro, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao primeiro centro de atendimento da Estrutura de Missão da Agência para a Integração, Migrações e Asilo, em Lisboa.
O governante sublinhou que a questão “não é alheia a um ciclo de desinvestimento nos serviços prisionais e às dificuldades de recursos humanos”, remetendo mais esclarecimentos para a declaração que será feita, na terça-feira, pela ministra da Justiça.
São palavras que contrastam com as declarações do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que rejeitou que o número de profissionais ao serviço do estabelecimento prisional de Vale de Judeus fosse insuficiente.
Leitão Amaro frisou que a ministra Rita Alarcão Júdice começou por pedir aos serviços uma análise do sucedido, que será entregue esta terça-feira. Só então, defende, poderá fazer “uma declaração mais completa”.
O governante ressalvou, contudo, que há “medidas que a sra. ministra da Justiça já tomou e que serão reforçadas”.
Cinco reclusos fugiram, no último sábado, do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, continuando em fuga. A investigação ao caso prossegue enquanto os sindicatos dos guardas prisionais têm denunciado graves falhas de segurança da cadeia relacionadas com a escassez de efetivos.
Com Lusa