O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apresentou esta quarta-feira a demissão.
A informação foi divulgada pelo presidente do Parlamento, Ruslan Stefanchuk, que partilhou nas redes sociais a carta com o pedido de demissão dirigida ao Verkhovna Rada (parlamento) do país.
"O Verkhovna Rada recebeu uma declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, D.I. Kuleba, sobre a sua demissão", lê-se na publicação.
De acordo com Stefanchuk, o pedido de demissão será “considerado numa das próximas reuniões plenárias”.
Kuleba, 43 anos, ocupa a liderança dos Negócios Estrangeiros desde 2020 e liderou a diplomacia ucraniana durante a guerra.
Zelensky prepara remodelação de mais de metade do Governo
A demissão surge depois de os ministros da Justiça, das Indústrias Estratégicas e do Ambiente terem apresentado a demissão ao Parlamento, juntamente com o diretor do Fundo de Propriedade do Estado.
Além disso, acontece numa altura em que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá anunciar mudanças em mais de metade do Governo.
Segundo disse na terça-feira David Arajamia, porta-voz do partido, Servo do Povo, no parlamento, as mudanças devem ser anunciadas em breve.
"Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no Governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações", anunciou Arajamia no Telegram, quando começaram a circular vários nomes que estão de saída do executivo.
Trata-se dos ministros das Indústrias Estratégicas, Alexander Kamishin, da Justiça, Denis Maliuska, do Ambiente e Recursos Naturais, Ruslan Strilets, bem como do diretor do Fundo de Propriedade do Estado, Vitali Kova, segundo confirmou o presidente do parlamento, Ruslan Stefanchuk.
De acordo com a explicação de Arajamia na sua conta de Telegram, as demissões serão anunciadas ainda esta quarta-feira e as nomeações dos novos membros do Governo um dia depois.
A confirmar-se, a remodelação governamental ocorre numa fase sensível da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.
Enquanto as forças ucranianas reivindicam o controlo de parte da província russa de Kursk, as tropas de Moscovo continuam a progredir na frente de Donetsk, no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo que os seus raides aéreos castigam as infraestruturas energéticas do país, antes da chegada do inverno.