Cerca de 70 pessoas manifestaram-se no Marquês de Pombal, em Lisboa, contra a violência policial e a situação pós-eleitoral em Moçambique. Temem mais mortes no país onde nasceram.

As notícias que chegam de Maputo preocupam quem está à distância. Há relatos de sequestros, mortes e desordem, a somar à falta de cuidados de saúde, educação e justiça.

“A polícia está a atirar com balas verdadeiras e gás lacrimogéneo. Não se pode ir à rua, eles disparam. Têm militares nos bairros todos, é um terror que se vive em Moçambique”, disse à SIC uma das manifestantes.

“O Governo está a dar a ordem aos polícias para assassinarem a população”, revela outra das manifestantes.

As eleições presidenciais foram a gota de água de um misto de revolta silenciada durante quase meio século. Um engenheiro agrónomo criou um partido alternativo, o “Podemos”, que segundo a Comissão Nacional de Eleições conquistou 20% dos votos, mas o povo reclama mais.

Atentos aos protestos em Moçambique, esta quinta-feira ao fim do dia vão voltar a juntar-se em vigília, junto à embaixada de Moçambique, em Lisboa.