O presidente da Câmara de Lisboa acusa “alguma extrema-esquerda” de encarar as pessoas em situação de sem-abrigo como “quase um negócio”, algo que considera um “aproveitamento”. “Temos uma extrema-esquerda em que as situações de sem-abrigo diria que são, de certa forma, quase uma maneira de manter as pessoas naquela situação”, afirmou Carlos Moedas nesta quinta-feira, em entrevista ao “Hora da Verdade”, programa do jornal “Público” e da Rádio Renascença.

Questionado sobre qual é o negócio, o autarca lisboeta responde que “é manter as pessoas naquela situação como arma política”. Moedas reconhece tratar-se de uma “acusação grave”, mas defende que “não é para todas as associações, nem para todos os partidos”. “É para alguns partidos de extrema-esquerda que o têm feito e algumas associações que são lideradas e enviadas por esse partido”, justifica.

Em relação ao que está a fazer para procurar resolver o problema das cerca de 3400 pessoas em situação de sem-abrigo na cidade, o presidente diz ter lançado o “maior plano”, que representa “70 milhões para os próximos sete anos”, além de “multiplicar pelo menos por dois o número de vagas”.