Um total de 12 pessoas foram acusadas de injúria e tentativa de agressão por terem praticados actos contra o almirante Henrique Gouveia e Melo e o ex-presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, noticia este sábado o Diário de Notícias (acesso pago).

Ambos os episódios ocorreram na pandemia: o primeiro em agosto de 2021, quando cerca de 40 manifestantes gritaram “assassino” e “genocida” contra Gouveia e Melo, junto ao Centro de Vacinação para a covid-19, em Odivelas; o segundo, um mês depois, com Ferro Rodrigues a ser ofendido com termos como "pedófilo" e "nojento", durante um almoço junto ao Parlamento.

Segundo o despacho a que o DN teve acesso, nas duas situações houve "empurrões" e "tentativa de alcançar" as figuras do Estado. A investigação da Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária conseguiu identificar apenas parte dos suspeitos, estando atualmente 12 "negacionistas" acusados por crimes de ofensa à integridade física, na forma tentada e consumada, e injúria agravada.

Embora a procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa tenha classificado as críticas ao Chefe de Estado-Maior da Armada como “liberdade de expressão”, por se dirigirem à área profissional e não pessoal, o mesmo não sucedeu no caso de Ferro Rodrigues, considerando a mesma que as ofensas atingiram “a honra, reputação e bom-nome” do então presidente da Assembleia.