O ministro dos Assuntos Parlamentares foi, esta terça-feira, ouvido na Assembleia da República sobre o Orçamento do Estado, mas a discussão acabou por centrar-se na RTP. A oposição censurou a decisão do Governo de acabar com a publicidade na televisão pública, mas o ministro defendeu que a medida é uma oportunidade.

O Plano de Ação para a Comunicação Social elaborado pelo Governo contém 30 medidas. Entre elas, estão o fim da publicidade na RTP e a saída de 250 trabalhadores.

Em audição no Parlamento, o ministro Pedro Duarte sublinhou que a televisão pública “é uma prioridade e uma apostado Executivo.

Nós estamos empenhadíssimos na RTP e por isso é que queremos incrementar uma modernização. Nós não acreditamos que, se ficarmos pela inação, pela estagnação, pelo ultraconservadorismo de olharmos para a RTP como um bem histórico, que estamos a prestar um bom serviço”, afirmou o governante.

Pelo PS, a deputada Mara Lagriminha Coelho afirmou que o Governo não contará com os socialistas para “diminuir o serviço público” nem para “asfixiar as receitas” da RTP.

Mas o ministro dos Assuntos Parlamentares defendeu que o fim da publicidade na televisão pública “é uma oportunidade para a RTP poder chegar a mais e novos públicos”.

Confrontado com a acusação de que o Executivo pretende transformar a empresa pública numa “RTP pequenina e irrelevante”, Pedro Duarte respondeu que o que não quer é “uma RTP obesa”.

“Queremos uma RTP ágil e flexível, musculada, para esses novos tempos que aí vêm”, atitou.

De acordo com o plano do Governo, a RTP vai diminuir a publicidade gradualmente, nos próximo strês anos, ao mesmo tempo que os espaços de promoção e de eventos culturais vão ganhar espaço no canal publico.