Quatro das sete vítimas mortais do naufrágio ao largo de Palermo, na Sicília, morreram por “afogamento atípico” depois de ficarem sem oxigénio, indica a autópsia.
As autoridades admitem que estas vítimas possam ter ficado presas numa bolsa de ar quando o iate de luxo afundou, mas o oxigénio do espaço acabou por esgotar-se.
O resultado das autópsias de Jonathan Bloomer, Judy Bloomer, Chris Morvillo e Neda Morvillo foram divulgados esta quarta-feira pelas autoridades italianas.
O Bayesian estava ancorado ao largo do Porto de Porticello, em Palermo, quando foi atingido por uma tempestade, com ventos e ondas fortes, e acabou por afundar, na madrugada de 19 de agosto. A bordo do iate estavam 22 pessoas, das quais 15 foram resgatadas com vida. Sete pessoas morreram no naufrágio.
De acordo com o italiano La Repubblica, que cita os relatórios de autópsia, os casais Bloomer e Morvillo sufocaram com a falta de oxigénio e não por afogamento com água.
A autópsia revelou que não foi encontrada água nos pulmões e, por isso, as autoridades acreditam que estas quatro vítimas tenham morrido após o local onde estavam ter ficado sem oxigénio.
Além disto, não foram detetados sinais de ferimentos nas vítimas examinadas.
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De acordo com os meios de comunicação italianos, o resultado das restantes autópsias será conhecido ainda esta semana. As outras três vítimas mortais são o magnata britânico Mike Lynch, a filha Hanna, de 18 anos, e o chef Recaldo Thomas.
Três pessoas estão a ser investigadas por suspeitas de homicídio por negligência e naufrágio: o capitão do barco, James Cutfield, o engenheiro Tim Parker Eaton e o tripulante Matthew Griffiths.