O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiram ao telefone a “ameaça iraniana” à segurança de Israel, anunciou o gabinete do chefe do executivo de Israel.
“A conversa foi amigável e cordial. O primeiro-ministro felicitou Trump pela sua vitória eleitoral e os dois [líderes] concordaram em cooperar para a segurança de Israel. Discutiram também a ameaça iraniana”, refere o comunicado. “O primeiro-ministro [israelita] foi um dos primeiros a telefonar ao Presidente eleito dos Estados Unidos. A conversa foi calorosa e cordial. Os dois concordaram em trabalhar em conjunto para a segurança de Israel e discutiram também a ameaça iraniana”, acrescenta.
Na rede social X, Netanyahu saudou a vitória de Trump. “O seu regresso histórico à Casa Branca oferece um novo começo para a América e um regresso a um compromisso com a grande aliança entre Israel e a América. Esta é uma grande vitória!”, escreveu.
O diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), que Israel decidiu proibir, alertou na Assembleia-Geral das Nações Unidas que a agência está a viver “o seu pior momento”, apelando aos Estados-membros para a salvarem.
“Sem a intervenção dos Estados-membros, a UNRWA vai entrar em colapso, mergulhando milhões de palestinianos no caos”, declarou Philippe Lazzarini, exortando os Estados-membros da Assembleia, que criou aquela agência em 1949, para que “impeçam a aplicação da lei contra a UNRWA” aprovada pelo Parlamento israelita.
Mais notícias do dia:
⇒ Os principais líderes da oposição israelita acusaram Benjamin Netanyahu de ser incapaz de liderar Israel após o “ato de insanidade” que levou à demissão do ministro da Defesa, Yoav Gallant, na terça-feira. A demissão foi “um ato de insanidade de um primeiro-ministro incompetente”, denunciou o líder do partido Yesh Atid, Yair Lapid, que compareceu no Parlamento ao lado do líder do partido Unidade Nacional, Benny Gantz, do líder do Israel Beitenu, Avigdor Liberman, e do democrata Yair Golan.
⇒ Cerca de 40 pessoas foram detidas em Telavive na sequência de protestos contra a demissão do ministro da Defesa. Além das detenções, a polícia também retirou manifestantes da autoestrada Ayalon, uma das principais vias de Telavive. Milhares de israelitas saíram à rua para protestar contra a decisão, tal como aconteceu no final de março de 2023, quando o primeiro-ministro israelita o demitiu pela primeira vez por se opor a uma reforma judicial.
⇒ Um responsável do Hamas defendeu que o “apoio cego” dos Estados Unidos a Israel “tem de acabar”. “Este apoio cego à entidade sionista tem de acabar porque é feito à custa do futuro do nosso povo e da segurança e estabilidade da região”, disse o responsável do gabinete político do Hamas, Bassem Naïm.
⇒ O exército israelita anunciou terem sido administradas 1.107.541 doses de vacinas contra a poliomielite na Faixa de Gaza, cobrindo 90% de todas as crianças com menos de dez anos de idade. Na terça-feira, o ministro da Saúde de Gaza, Abu Ramadan, tinha anunciado que 556.774 crianças receberam a vacina no último dia da campanha de inoculação da segunda dose, que teve início a 14 de outubro.
⇒ O líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o movimento tem dezenas de milhares de combatentes treinados para enfrentar o exército israelita, avisando que nenhum lugar em Israel está “a salvo” dos mísseis e drones do grupo pró-iraniano. “Temos dezenas de milhares de combatentes da resistência treinados que podem enfrentar e fazer frente” a Israel, afirmou Qassem num discurso transmitido pela televisão, destinado a assinalar os 40 dias da eliminação do antigo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque israelita.
⇒ Pelo menos 30 pessoas morreram e outras 35 ficaram feridas numa nova vaga de bombardeamentos israelitas na região de Baalbek-Hermel, no leste do Líbano, indicou o governador da região, Bachir Khodr, acrescentando que se trata de um dos dias mais violentos contra a área desde o início da campanha aérea de Israel, há pouco mais de um mês.
⇒ O Governo libanês anunciou que apresentou uma queixa na Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra Israel, devido à explosão coordenada no país de aparelhos de comunicação usados pela milícia xiita Hezbollah, em setembro. Várias regiões do Líbano, incluindo Beirute, foram palco de explosões de aparelhos de comunicação no final de setembro, que resultaram na morte de mais de 40 pessoas e ferimentos em cerca de 3000, segundo as autoridades libanesas.
⇒ A Turquia promoveu entre os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) um apelo ao fim do fornecimento de armas, munições e material militar a Israel, por serem “suscetíveis de serem utilizados nos Territórios Palestinianos Ocupados”. O apelo começou por ser copatrocinado por 18 Estados, liderados pela Turquia e pelo Governo da Palestina, mas já conta com a adesão, até ao momento, de mais 35, além da Organização de Cooperação Islâmica.
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