Num novo balanço feito atá às 01:30, um porta-voz da ANEPC disse que a maioria dos feridos (33) eram bombeiros destacados para combater as chamas, sendo os restantes civis, que sofreram queimaduras ou foram vítimas de inalação de fumos ou intoxicação.
Na segunda-feira as autoridades anunciaram duas mortes, uma pessoa carbonizada em Albergaria-a-Velha e uma morte por ataque cardíaco em Sever do Vouga.
Na noite de domingo tinha morrido um bombeiro de "doença súbita" quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis
O porta-voz da ANEPC descreveu a situação no terreno como "muito difícil", devido a "um conjunto de incêndios muito significativos".
A mesma fonte sublinhou que a "muito baixa humidade" e os fortes ventos que se fazem sentir têm "favoreceram a propagação dos incêndios a velocidade muito acima do normal durante a noite".
O incêndio que atualmente mais preocupa a Proteção Civil é aquele que começou, ainda no domingo, em Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, onde 364 operacionais estão no terreno com o apoio de 118 meios terrestres.
Ainda no distrito de Aveiro, em Albergaria-a-Velha, 451 operacionais combatiam outro incêndio, apoiados por 141 veículos.
No vizinho distrito de Viseu, um incêndio em Folhadal, em Nelas, concentra atualmente 306 operacionais e 82 meios terrestres.
Na região de Coimbra, em Torres de Mondego e Carvalhosas estão a combater os fogos 305 operacionais apoiados por 101 veículos.
Mais de cinco mil operacionais combatiam esta madrugada 107 focos ativos em Portugal Continental, apoiados por mais de 1.500 veículos, de acordo com a informação disponível no portal da ANEPC às 06:00.
Devido aos fogos no distrito estiveram cortadas ao trânsito, ao longo de segunda-feira, as autoestradas A1, A25 e A29, mas também outras vias sofreram cortes, como o IC2 e várias estradas nacionais. Foram ainda cortadas a A1 e a A13 na zona de Coimbra. A circulação ferroviária na linha do Norte também esteve cortada na manhã de segunda-feira.
Com vários incêndios em curso e com previsões meteorológicas muito desfavoráveis ao combate, Portugal pediu ajuda à União Europeia, ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, tendo sido anunciado um reforço de meios vindos de Espanha, França, Grécia e Itália, dois aviões de cada país.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.
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