Em 711, um exército composto maioritariamente por berberes do Norte de África, mas que integrou também árabes e sírios, derrotou as forças de Rodrigo, o ultimo rei Visigodo. Os comandantes do exército invasor estabeleceram então o al-Andalus, estrutura política de matriz muçulmana. Até 750, o al-Andalus esteve na dependência do califado de Damasco, altura em que os abássidas substituíram a dinastia Omiada e transferiram a capital do califado para Bagdad. Seis anos depois, o único sobrevivente da dinastia Omiada deposta em Damasco chegou à península ibérica e proclamou-se emir de um estado independente.
O Emirado enquadrava uma população heterogénea, composta por muçulmanos, cristãos e judeus, que viveram durante parte do tempo em coexistência pacífica, e noutra em conflito. Também, manteve relações relativamente pacíficas com os pequenos reinos cristãos do norte peninsular, equilíbrio pragmático que baseava-se no pagamento de um tributo ao emirado.
Em 962, Abderramão III (Abd el Rahman), o oitavo emir, proclamou se califa (comandante dos crentes), depois de controlar uma revolta na Andaluzia e reconquistar a cidade de Sevilha. O reinado do seu filho, Haquim II (al Hakam),um homem pacífico e erudito, marcou o apogeu do califado. Cordova era então uma cidade com cerca de 500 mil habitantes e rivalizava em opulência com Constantinopla e Bagdad.
A morte de Haquim II marcou o início da decadência do califado, fase marcada por uma maior intolerância religiosa, intrigas palacianas e revoltas da população, sobretudo devido à carga fiscal.
Entre 1009 e 1031, o al-Andalus viveu em permanente guerra civil, o que resultou na desintegração do califado em reinos taifas. Tal abriu um novo capítulo na História do al-Andalus e na sua relação com os reinos cristãos do norte peninsular.
Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios: