"A marca [da programação 2024-2025] é a coerência e o compromisso com uma temporada de excelência, que não se caracteriza por dois ou três momentos altos e depois o resto em baixa rotação, mas sim uma permanência no tempo deste compromisso", explicou aos jornalistas o maestro titular, Martim Sousa Tavares, à margem da conferência de imprensa de apresentação da programação que se estende até julho de 2025.

Em agenda, há concertos "para quem gosta e quer ver Salvador Sobral com Orquestra do Algarve, mas também há para quem quer um grande concerto clássico, ou para quem quer um concerto para vir com a família", enquadrou.

"Pode abrir-se esta temporada ao calhas e a probabilidade é muito alta de se encontrar um concerto muito apetitoso, para todos os públicos", realçou Martim Sousa Tavares, frisando "a forma universal como esta temporada está pensada".

Entre os grandes concertos de música clássica, o maestro titular da Orquestra do Algarve destacou a presença do violinista ucraniano, "de topo mundial", Roman Simovic, em estreia como solista em Portugal com o seu Stradivarius, em dois espetáculos marcados para janeiro de 2025.

Os espetáculos com o pianista e jovem maestro alemão Aurel Dawidiuk e com a violinista ítalo-escocesa Nicola Benedetti, em junho e julho do próximo ano, respetivamente, também são motivos de realce na nova temporada da companhia algarvia.

Para as famílias, Martim Sousa Tavares apontou o Concerto de Natal, em dezembro, que junta a formação de orquestra com o seu coro comunitário, "num formato ao mesmo tempo familiar, inesperado, irreverente e divertido".

Fora do âmbito clássico, a Orquestra do Algarve vai recuperar, em abril de 2025, a obra "A Noite", que espelha as inquietações de José Mário Branco com a democracia instituída em 25 de Abril de 1974, a partir da conjugação de repertório original com novos temas musicais.

Em maio do próximo ano, o cantautor Salvador Sobral junta-se pela primeira vez à orquestra algarvia para um concerto em que irá revisitar alguns dos seus temas mais icónicos, alem de outros mais recentes.

A programação, subordinada ao tema "Sons da Descoberta", contará com um total de 19 maestros e 15 solistas.

"É importante reter isto, porque é uma orquestra que tem 11 meses de atividade. 19 maestros em 11 meses, se somarmos o maestro titular, dá de facto uma diversidade constante. A orquestra nunca se está a repetir, nunca está a chover no molhado", garantiu Martim Sousa Tavares.

António Branco, presidente da Associação Musical do Algarve (AMA), que gere e administra a orquestra, revelou hoje que a companhia vai inaugurar em outubro a renovada sala de ensaios, permitindo melhores condições acústicas e térmicas aos seus músicos.

A Orquestra do Algarve, que entre 2013 e 2023 se designou Orquestra Clássica do Sul, voltando ao nome de origem para reforçar a ligação com a região, conta com um efetivo de 32 instrumentistas, de 14 nacionalidades.

A temporada 2024-2025 pode ser consultada no site https://www.canva.com/design/DAGGg6EEyy0/LQmh_x4rALOzbZ6On_TnfQ/view.

 

EYP // MAG

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