O Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública libanês declarou, num breve comunicado, que seis pessoas morreram e 25 pessoas ficaram feridas no ataque aéreo israelita nesta zona, importante reduto do grupo xiita libanês Hezbollah.
Segundo a imprensa israelita, o principal alvo terá sido o chefe da unidade de mísseis do Hezbollah e o ataque visou o bairro de Ghobeiri, município de Dahye.
O exército israelita afirmou hoje ter efetuado um ataque em Beirute, no Líbano, onde está a intensificar os ataques contra o movimento islamita Hezbollah, sem dar, por enquanto, mais pormenores.
"O exército israelita efetuou um ataque dirigido a Beirute. Os pormenores seguir-se-ão", declarou em comunicado, depois de ter anunciado anteriormente que tinha realizado bombardeamentos contra as infraestruturas do Hezbollah, o quinto desde outubro de 2023 em Beirute.
Segundo fonte da segurança libanesa, um dos ataques atingiu um edifício residencial no bairro de Ghobeiri, município de Dahye, a sul de Beirute, para onde foram enviadas equipas da Defesa Civil.
O exército israelita afirmou ter realizado um "ataque seletivo" à cidade, mas não avançou pormenores.
De acordo com a agência de notícias libanesa NNA, o atentado foi dirigido a um edifício de seis andares na área de Ghobeiry.
Israel já atacou segunda-feira os subúrbios ao sul de Beirute, reduto do Hezbollah, para tentar acabar com a vida do comandante Ali Karaki, que, segundo o grupo libanês, saiu ileso e foi posteriormente transferido para uma área segura.
O ataque israelita de hoje é o quinto bombardeamento contra a capital libanesa desde outubro, quando o grupo xiita, aliado do Irão, começou a lançar ataques contra o norte de Israel em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza.
Em janeiro, as forças israelitas mataram o então 'número dois' no gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri e, em julho, o chefe militar do Hezbollah, Fouad Chukr.
Na passada sexta-feira, o exército israelita abateu Ibrahim Akil, comandante da Força al-Radwan do Hezbollah, além de vários membros seniores do grupo e, segunda-feira, tentaram acabar com Karaki, embora sem sucesso.
O intenso fogo cruzado atingiu níveis sem precedentes nos últimos dias, depois de Israel ter iniciado uma campanha de bombardeamentos contra o sul e o leste do país.
Israel acusa o grupo xiita (tal como faz com o Hamas na Faixa de Gaza) de usar casas de civis para armazenar armas, e defende que a sua ofensiva nos últimos dias procura "degradar" as capacidades do Hezbollah para atacar Israel.
O Governo do Líbano elevou hoje de 491 para 558 mortos o balanço dos ataques israelitas na segunda-feira, o número mais elevado desde a última guerra entre o Hezbollah e Israel em 2006.
O balanço foi atualizado pelo ministro da Saúde interino, Firas Abiad, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe do Sindicato dos Proprietários de Hospitais, Suleiman Haroun.
Abiad anunciou também que foram contabilizados 1.835 feridos até agora.
O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza desde há quase um ano.
A ofensiva foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 07 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, segundo Israel.
Os atacantes também fizeram cerca de duas centenas e meia de reféns que levaram para Gaza.
O Hamas, que governo Gaza desde 2007, contabilizou mais de 41.400 mortos desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.
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