O Liaoning, o mais antigo dos três porta-aviões de Taiwan, passou pela zona juntamente com outros navios da marinha chinesa por volta das 01:30 (18:30 de terça-feira, em Lisboa).
"Durante a passagem, as Forças Armadas mantiveram controlo total sobre a dinâmica na área marítima e aérea circundante, destacando aeronaves de missão, navios e sistemas de mísseis terrestres, com vigilância e monitorização rigorosas, respondendo adequadamente conforme necessário", lê-se no comunicado oficial.
Entre as 06:00 de terça-feira (23:00 de segunda-feira, em Lisboa) e as 06:00 de hoje (23:00 de terça-feira, em Lisboa), o ministério registou também a presença de 13 navios de guerra e de um navio oficial chinês nas proximidades da ilha.
Num comunicado recente, o Conselho de Assuntos Continentais de Taiwan (MAC, na sigal em inglês), o organismo responsável pelas relações com a China continental, advertiu que Pequim poderia utilizar os seus porta-aviões para cercar Taiwan e impedir qualquer assistência externa através de uma estratégia designada "anti-acesso/ negação de área".
O MAC concluiu que os porta-aviões Liaoning e Shandong "estão a desenvolver capacidades de combate" e "a realizar treinos a longo prazo para além da primeira cadeia de ilhas", com o objetivo de "construir uma capacidade de defesa entre a primeira e a segunda cadeia de ilhas".
A primeira cadeia de ilhas é um conceito estratégico que normalmente se refere à linha que vai das ilhas Kuril, passando pelo Japão, Taiwan e Filipinas, até Singapura, enquanto a segunda cadeia de ilhas se estende do arquipélago japonês de Ogasawara até Palau, no Pacífico Sul.
A ilha de Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil - é governada de forma autónoma desde 1949, embora Pequim reivindique a soberania sobre a ilha, para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.
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