Segundo o responsável máximo pelo turismo de Roma, Alessandro Onorato, o valor em estudo (dois euros) corresponde aproximadamente ao das moedas que os turistas deitam para a fonte -- com desejo de que, fazendo isso, vão um dia regressar à cidade.

Citado pela agência AP, Alessandro Onorato adiantou que a proposta que está a ser estudada prevê a cobrança da taxa apenas a quem aceda aos nove degraus de pedra que conduzem à Fonte.

Os visitantes que ficarem na praça em frente não serão taxados, assim como os residentes de Roma, para quem o acesso continua a ser gratuito.

Para entrar em vigor, a taxa terá ainda de ser aprovada pela Câmara Municipal, mas o seu presidente, Roberto Gualtieri, já manifestou o seu apoio.

A proposta de Alessandro Onorato surge após Veneza ter começado a cobrar uma taxa de cinco euros aos turistas pela entrada de um dia na cidade e os objetivos são idênticos: procurar manter o equilíbrio entre a experiência do visitante e a vida dos residentes.

"Temos de garantir os dois lados: que os turistas não vivam um caos e que as pessoas possam continuar a morar no centro da cidade", afirmou Honorato.

O responsável espera que o sistema de cobrança da taxa de dois euros possa estar operacional na primavera de 2025, prevendo-se que seja gerida através de um sistema de reservas e de um código QR.

Este sistema, acredita, irá dissuadir as pessoas de comerem nas escadas com vista para a fonte ou de tentarem recriar o mergulho de Anita Ekberg na fonte, no filme 'La Dolce Vita', de Fellini -- uma infração que implica uma multa, cujo pagamento será facilitado porque o infrator vai passar a estar identificado.

LT // FPA

Lusa/Fim