Roma está a ponderar limitar e passar a cobrar pelo acesso à popular Fontana di Trevi. A decisão está a ser avaliada devido ao excesso de turistas que têm visitado a majestosa fonte.

Entre as mudanças a serem estudadas está a possibilidade de passar a ser necessária uma reserva prévia para visitar o monumento, como já acontece, por exemplo, em Atenas para visitar a Acrópole ou em Barcelona para visitar a Sagrada Família.

Significa isto que, se a medida avançar, os turistas passarão a ter que marcar a sua visita à Fontana di Trevi, escolhendo o dia e horário, mediante as disponibilidades apresentadas.

Para além disso, está a ser equacionada uma “contribuição simbólica”, no valor de um ou dois euros. Para os residentes, no entanto, o acesso continuaria a ser gratuito, explicou Alessandro Onorato, vereador de turismo da autarquia de Roma, ao Corriere della Sera.

O objetivo, esclareceu, não é fazer dinheiro, mas controlar as multidões e evitar e identificar comportamentos inadequados, como “comer pizza ou gelado” num local que “merece respeito”, afirmou o vereador.

Na quarta-feira, o autarca de Roma avisou que estas medidas são uma “possibilidade muito concreta”.

“Decidimos estudar e investigar isto porque a situação está a tornar-se muito difícil de gerir. Os polícias dizem-nos constantemente que este nível de concentração de pessoas impede a proteção adequada do monumento e está também a provocar sinais de degradação”, disse Roberto Gualtieri.

O assunto ganhou maior dimensão numa altura em que Roma prepara o Jubileu 2025, um evento Católico que se espera que atraia mais de 30 milhões de turistas e peregrinos.